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Religião, futebol e política
Religião, futebol e política
Por Administrador
Publicado em 27/11/2025 13:13
Pinga-fogo
Religião, futebol e política

Há um quase consenso popular de que os três temas que dão título a este breve comentário são coisas que não se deve discutir. Ledo engano, pois todos fazem parte do nosso cotidiano e, justamente por essa razão, não podemos nem devemos ignorá-los pura e simplesmente.

A Palavra de Deus nos oferece direcionamentos claros e nos chama a ser sal e luz no mundo, incluindo o ambiente político. Mas há que se ter critérios para, como se diz na linguagem popular, "não misturar alhos com bugalhos", pois são coisas totalmente diferentes.

Faço essa breve elucubração para entrar na polêmica do momento no Paraná, que foi a decisão do arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, nascido e ordenado em Cascavel, de barrar a ideia de um grupo de bolsonaristas de promover uma vigília de cunho político dentro da tradicional Igreja São Francisco de Paula, no centro da capital, em defesa da libertação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Uma breve leitura sobre a doutrina católica é suficiente para compreender a razão que levou o arcebispo a agir como agiu. E se ainda assim pairar alguma dúvida basta recorrer à Lei nº 504/97, que em seu artigo 37 veda atos políticos nos chamados bens de uso comum, como igrejas, templos, cinemas, centros comerciais, clubes e até ginásios e estádios, ainda que de propriedade privada.

Embora as causas que levaram à prisão dos dois sejam totalmente diferentes, é imperativo lembrar que por ocasião da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva a Igreja teve a mesma postura e os petistas tiveram que se contentar em fazer sua vigília de mais de 500 dias em praça pública. A atitude de Dom Peruzzo, portanto, está devidamente amparada e não deve ser recriminada. (Fotos: Reprodução)

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