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Cop 30 foi uma farsa enganosa e hipócrita, garante senador Plínio Valério
Cop 30 foi uma farsa enganosa e hipócrita, garante senador Plínio Valério
Por Administrador
Publicado em 27/11/2025 14:12
POLITICA
Em discurso duro no Senado, parlamentar acusa a conferência de produzir espetáculo político sem resultados reais e denuncia contradições internacionais que afetam o desenvolvimento da Amazônia

O senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, fez um pronunciamento contundente nesta terça-feira em que classificou a COP 30, realizada este ano em Belém, como um evento vazio, enganoso e marcado pela hipocrisia internacional. Segundo ele, a conferência serviu mais como vitrine política e festa midiática do que como uma reunião capaz de gerar ações concretas para o meio ambiente e para os povos da Amazônia.

O parlamentar afirmou que o encontro global não apresentou resultados reais e ignorou temas urgentes para quem vive e produz na floresta. Para Plínio, os discursos feitos no evento foram apenas repetições de promessas internacionais que jamais se transformam em políticas efetivas. Ele criticou a ausência de acordos práticos e disse que a conferência não acrescentou nada de relevante ao fortalecimento socioambiental no Brasil ou no mundo.

Plínio endureceu ainda mais o tom ao afirmar que delegações estrangeiras chegam ao Brasil para impor regras que elas próprias não seguem em seus países. O senador declarou que a COP funciona como uma celebração descolada da realidade, na qual autoridades internacionais ditam normas e deixam obrigações que não cumprem, enquanto o Brasil permanece pressionado a abrir mão de recursos fundamentais para seu desenvolvimento.

A crítica mais direta foi dirigida às contradições que envolvem o uso dos recursos naturais em terras indígenas. Plínio citou como exemplo o potássio, indispensável à produção agrícola brasileira e cuja exploração no Amazonas enfrenta restrições legais. Ao mesmo tempo, lembrou que países como o Canadá extraem potássio em áreas indígenas, pagando royalties diretamente às comunidades locais e fortalecendo suas economias. Segundo ele, essa disparidade evidencia uma política internacional marcada por imposições a países amazônicos sem que as mesmas regras sejam respeitadas fora daqui.

Para o senador, enquanto a COP 30 buscou projetar ao mundo uma imagem de compromisso ambiental, suas decisões ignoraram as necessidades reais da região amazônica. Ele afirmou que os povos indígenas brasileiros são prejudicados por um modelo que proíbe atividades produtivas sustentáveis em seu território, impedindo que tenham autonomia econômica semelhante à de comunidades em outros países.

Em seu discurso, Plínio Valério reforçou que a Amazônia não pode continuar sendo palco de discursos estrangeiros que, segundo ele, pouco conhecem a vida de quem mora na região e menos ainda contribuem para sua soberania. O senador concluiu afirmando que o país não precisa de espetáculos ambientais, mas de soluções práticas, respeito à realidade local e liberdade para desenvolver suas potencialidades de forma responsável e soberana.

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