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Aécio afasta PSDB do centrão: “Não dá pra ser contra a polarização apoiando o governo”
Aécio afasta PSDB do centrão: “Não dá pra ser contra a polarização apoiando o governo”
Por Administrador
Publicado em 27/11/2025 14:29
POLITICA
De volta ao comando nacional, tucano defende que o partido recupere sua identidade, rejeite alinhamentos automáticos e volte a ocupar o centro das grandes decisões do país

Oito anos depois de deixar a presidência nacional do PSDB, Aécio Neves retorna ao comando do partido com um recado claro para a política brasileira. Em entrevista antes de assumir oficialmente o posto, o deputado afirmou que o PSDB não pode combater a polarização enquanto se alinha ao governo de plantão, e reforçou que a legenda precisa reencontrar sua identidade para voltar a ser protagonista no cenário nacional.

A solenidade de posse acontece nesta quinta-feira em Brasília, quando Aécio sucederá Marconi Perillo e iniciará um novo ciclo para os tucanos. Segundo ele, esse movimento é resultado de um esforço de reconstrução que vem sendo articulado em todo o país. Para o deputado, o PSDB segue sendo uma referência programática em meio a um ambiente partidário cada vez mais volátil.

Aécio relembrou que a sigla nasceu em meio à adversidade, durante a Assembleia Constituinte de 1988, impulsionada por lideranças que deixaram posições confortáveis em outros partidos para defender um projeto claro de responsabilidade fiscal, parlamentarismo e estabilidade institucional. Para ele, esse espírito original precisa ser retomado agora, sem se curvar ao bolsonarismo nem ao lulopetismo.

O deputado afirmou que o partido deve voltar a representar os brasileiros que rejeitam extremos e não se identificam com a lógica de inimigos que molda o debate político atual. Disse ainda que pretende unir quadros com compromisso programático, e não aqueles interessados em cargos ou no fundo eleitoral. A meta é devolver ao PSDB sua centralidade, recuperando o espaço perdido nas discussões estratégicas do país.

Aécio reconheceu que o caminho não será simples, mas avalia que o histórico da legenda e sua experiência pessoal fortalecem a convicção de que ainda há espaço para um partido capaz de dialogar com diferentes setores, propor soluções equilibradas e reconstruir pontes. Em sua visão, falta ao Brasil exatamente esse tipo de representação. O retorno ao comando nacional, afirma, é um passo importante para reafirmar a função do PSDB como alternativa ao radicalismo e ao alinhamento automático ao governo federal.

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