O Brasil já foi apontado como uma das grandes potências emergentes do mundo, um país destinado a ocupar posição de destaque global. Hoje, porém, o que se vê é exatamente o oposto. A queda do país no ranking internacional de crescimento, despencando do 5º para o 32º lugar, expõe de forma cruel o descompasso entre discurso e realidade. A promessa de um governo que devolveria protagonismo econômico virou piada pronta, repetida a cada novo indicador divulgado.
O PIB patinando em 0,4% revela um país que perdeu ritmo, energia e direção. Não há plano claro, não há estratégia consistente e, pior, não há vontade política de enfrentar os verdadeiros problemas estruturais que travam o desenvolvimento brasileiro. Enquanto o governo insiste em discursos inflamados e polarização permanente, a economia real se arrasta, o investidor recua e a população sente o peso do estancamento no bolso.
Os juros de 15%, um dos mais altos do planeta, são consequência de escolhas econômicas inseguras, ruídos institucionais e falta de confiança. É impossível crescer de forma sustentável quando o país transmite instabilidade a cada declaração, cria incertezas regulatórias e não consegue oferecer previsibilidade mínima para quem produz, investe e emprega.
A queda no ranking não é apenas um número. É um espelho que reflete anos de retrocessos, intervenções mal planejadas, prioridades distorcidas e uma gestão que se apoia mais na retórica do que em resultados concretos. Em vez de reconhecer os próprios erros e corrigir rumos, o governo prefere culpar mercados, opositores ou a herança de quem veio antes, criando uma narrativa que não resiste aos fatos.
O mundo avança enquanto o Brasil estaciona. Países menores e menos estruturados conseguem entregar crescimento consistente porque oferecem segurança jurídica, responsabilidade fiscal, metas claras e respeito ao ambiente econômico. Aqui, seguimos presos a decisões improvisadas, gastos sem freio e discursos emocionais que não resolvem nada.
A verdade é amarga: a estagnação econômica é apenas o sintoma visível de um modelo de governança que não aprende com o passado e não se prepara para o futuro. O resultado é um país mais caro, mais lento, mais inseguro e menos competitivo. O governo prometeu potência, mas entregou paralisia. E o preço, como sempre, cai sobre quem trabalha, produz e tenta sobreviver em meio ao caos político e econômico que nunca termina.