Nem todos os vereadores eleitos em outubro passado, no Paraná, têm a certeza de que estarão tomando posse no dia 1º de janeiro próximo. E se empossados forem por morosidade da Justiça Eleitoral, alguns poderão ser apeados de seus mandatos logo mais à frente.
O caso mais gritante é o Santana do Itararé, no Noroeste do Estado, onde a Polícia Civil indiciou o primeiro suplente Nenê da Ambulância como mandante da morte do vereador eleito João Garré, assassinado há menos de 30 dias. A diferença entre os dois foi de apenas quatro votos e o desfecho desse caso no âmbito eleitoral deve ocorrer sem demora.
Urgência é o que também esperam os interessados no desfecho do processo movido pelos advogados cascavelenses Luciano Katarinhuk e Roosevelt em nome do MDB, PL, PSD e União Brasil de Toledo, que imputam ao PP o uso de uma candidata laranja que só obteve 7 votos na recente eleição.
A ação pede a cassação de toda a chapa pepista, que elegeu cinco vereadores (Professor Oseias, Chumbinho Silva, Valtencir Careca, Zoia e Jozimar Polasso) e a recontagem dos votos para redistribuição das cadeiras, o que seria algo inédito no Estado.
Fraude na cota de gênero, vale lembrar, foi o motivo que levou à cassação, em meados da legislativa que está chegando ao fim, de dois vereadores de Cascavel: Celso Dal Molin e Aldonir Cabral. Esse é um problema que tem sido recorrente em todas as eleições recentes e combatê-lo na origem é necessário para evitar que continue se repetindo. (Foto: Divulgação)