Apenas ao longo do ano passado, de acordo com os números oficiais, 24 agremiações políticas dividiram mais de R$ 1 bilhão do tal Fundo Partidário, existente desde o longínquo 1965 e usado para custear despesas cotidianas como pagamento de contas de água, luz, passagens aéreas, aluguel e salários de funcionários e alguns privilegiados que fracassaram nas urnas.
Mas tem excrescências maiores financiadas com o dinheiro do contribuinte brasileiro. Quase cinco vezes mais vultuoso é o Fundo Eleitoral, este bem mais recente já que foi criado em 1995 e que destinará nada menos que R$ 4,96 bilhões para financiar as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador de 2024.
E muito maior que os dois é o custo de R$ 82 bilhões estimado até 2026 para a chamada PEC do Quinquênio, aprovada em abril passado pela CCJ do Senado para aumentar os salários de juízes e procuradores do País todo, cuja maioria esmagadora já ganha acima do teto constitucional.
Para se ter uma ideia da desfaçatez que isso representa, o custo inicial para reconstrução dos bens públicos do Rio Grande do Sul destruídos pelas enchentes dos últimos dias, foi estimado no último fim de semana pelo governador Eduardo Leite em algo próximo de R$ 19 bilhões. (Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini)