Medíocres e hipócritas
Opinião
Publicado em 04/05/2024

J.  J. Duran

 

É a fauna mais requintada que existe na sociedade contemporânea e atua com soberba e grande malícia. Sua capacidade de raciocínio e sua memória do passado são tão limitadas quanto o seu agir.

Arrogantes como todos aqueles que têm baixo coeficiente intelectual, não passam de primatas e impõem limites visíveis entre "eles" e "os outros".

A criatividade não é forte nestes elementos, que polarizam os espaços que outros usam para levar à sociedade a mensagem de paz e fraternidade.

Jamais aportam ideias e sempre fazem da crítica destrutiva o elemento construtor de seu raciocínio.

Amontoam-se em bandos diferenciados do resto da sociedade à procura de abastecer-se das suas verdades indiscutíveis e soberanas, e lançá-las alegremente para consumo dos outros primatas.

A ignorância, a hipocrisia e a velha semente do ódio criaram esta "espécie", que é aliada perfeita dos outros medíocres enlouquecidos que se embriagam com o poder que, por ser temporário, só serve para saciar apetites espúrios de trazer de volta o tempo de ideologias errantes.

Proclamam e declamam verdades absolutas, imputáveis só para os desvios mentais daqueles que, paralisados pela ignorância, misturam ideologia política com credos religiosos e disparatados discursos lineares.

Eternos carrosséis da sociedade e da elite do atraso, são eternos mensageiros do ataque ditado pelos patrões proclamadores da liberdade de expressão.

Rejeitam a tudo e a todos que não comungam dos seus pensamentos primitivos, que chamam equivocadamente de ideológicos.

O perigo é que machos e fêmeas dessa fauna são casais fortemente reprodutivos, ou seja, não param de produzir ou escrever besteiras no tempo da invernada.

Há que se abominar a intolerância política, ideológica e cultural destes sectários, que pululam ao sabor dos ventos invernais que varrem a democracia em muitos países.

Os medíocres, vulgares hipócritas sem ideologia e sem ideário político, existem de longínquo tempo nas páginas cinzas da história política e cultural de uma humanidade espoliada e atormentada pelas desigualdades sociais e culturais registradas nas páginas do atraso.

Reflitamos sobre isso. (Imagem: Reprodução Facebook)

 

J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário do Paraná

 

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