Produtor de soja que esperava 70 sacas está colhendo 20 em MT
AGRO
Publicado em 05/01/2024

Em Jaciara, sudeste de Mato Grosso, tem produtor que desistiu da soja nesta safra e, agora, espera cobrir os custos de produção com o algodão. Esse é o caso da família Fritsch, que destinou 3.600 hectares ao cultivo da oleaginosa.

Por lá, a chuva esteve presente no início do ciclo, mas desapareceu em momentos fundamentais. Esse cenário comprometeu o desempenho das áreas plantadas mais cedo.

O produtor rural Murilo Degasperi Fritsch conta que a previsão era de colher os talhões precoces na virada do ano, mas adiantou os trabalhos. “Por conta do fenômeno El Niño, 2023 foi totalmente atípico. Estamos colhendo em torno de 20 sacas por hectare, sendo que esperávamos cerca de 70 sacas”.

De acordo com ele, a propriedade já passou por momentos de seca, mas nada que se comparasse ao experimentado neste ano.

Colheita precoce no médio-norte

Em Ipiranga do Norte, médio-norte de Mato Grosso, a colheita da soja também foi iniciada antes do planejado. Por lá, foram plantados cerca de 240 mil hectares.

“Observamos na lavoura uma planta mais baixa; as plantas que eram de porte alto ficaram em uma estatura menor. Elas estão usando todo o seu vigor para se manter de pé para tentar encher o grão. Então, precisa chover agora, mas teremos quebra de safra no município”, relata a presidente do Sindicato Rural de Ipiranga do Norte, Karine Inês Berna de Souza.

Em São José do Rio Claro, outro município do médio-norte mato-grossense, a falta de chuva ocasiona o mesmo cenário: quebra de safra de soja. Na propriedade do produtor rural Jeterson Trettinger, por exemplo, foi necessário replantar a lavoura duas vezes.

“Com o replante, dizem que, no mínimo, se perde dez sacas por hectare, independente da época”.

Essa matéria e outros destaques você pode conferir no 8º episódio do Programa Soja Brasil

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