O Brasil encerra o ano de 2025 com indicadores no vermelho, a presença massiva do inchaço da máquina Estado na renda, no consumo e nas relações de trabalho. Dados oficiais apontam que 94 milhões de brasileiros recebem algum tipo de auxílio governamental, em um dos maiores ciclos de dependência de programas de transferência direta ou indireta de renda.
No setor de energia, cerca de 60 milhões de pessoas são beneficiadas pela tarifa social, que garante isenção total ou descontos relevantes na conta de luz. A política tem impacto direto no sistema elétrico, uma vez que parte do custo é redistribuída entre os demais consumidores e o Tesouro Nacional.
No mercado de trabalho, propostas em discussão preveem o fim da escala 6x1 a partir de 2026, com mudanças na organização da jornada semanal. Embora ainda não haja consolidação legislativa, o assunto já mobiliza setores produtivos e entidades sindicais, que divergem sobre os efeitos da medida na produtividade, na geração de empregos e nos custos operacionais das empresas.
Na área tributária, o governo mantém a promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A medida é apresentada como mecanismo de alívio para trabalhadores formais e parte da classe média, mas analistas ventilam que a proposta amplia o problema fiscal, sob compensações na arrecadação ou ajustes nas despesas para evitar desequilíbrios.
O conjunto de políticas se dá em um momento de gasto público estimado em R$ 5 trilhões, considerado recorde em termos nominais.
