Cumprindo o compromisso assumido por seu presidente, o empresário cascavelense Edson Vasconcelos, depois da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) oficiou também o Ministério Público Federal pedindo uma análise minuciosa da arrecadação das duas primeiras concessionárias a explorar o novo pedágio no Paraná, cuja arrecadação no primeiro ano teria extrapolado em R$ 433 milhões o valor pactuado nos contratos.
No ofício a Fiep detalha, com riqueza de números, que a Via Araucária arrecadou R$ 534 milhões nos primeiros 12 meses de exploração do Lote 1, quando o contrato prevê um montante de R$ 364 milhões. Já a EPR Litoral, pelo mesmo relato, faturou R$ 708 milhões no Lote 2, contra uma previsão contratual de R$ 445 milhões.
A Federação quer ver cumpridos os contratos, que prevêm que o excedente arrecadado deve ser devolvido à ANTT e usado para custear uma ou mais obras ou até mesmo como desconto nos valores das tarifas.
OUTRO LADO
As duas empresas se manifestaram por meio de notas oficiais. A Via Araucária afirmou que cumpre rigorosamente todas as exigências do contrato. Já a EPR Litoral alegou que os demonstrativos financeiros referentes ao primeiro ano do pedágio não apresentam qualquer divergência de valores, tanto que foram aprovados pela ANTT, com o que a Fiep discorda peremptoriamente.
Já a ANTT informou que os contratos não se baseiam no volume de tráfego, mas sim na receita tarifária arrecadada, mas confirmou que caso a receita acumulada ultrapasse o montante previsto em determinado período deverá ser compensado em seu favor e depositado em uma conta de ajuste aberta especificamente para esse fim para serem utilizados como compensações financeiras, reequilíbrios econômico-financeiros ou descontos aos usuários. (Foto: Divulgação Grupo EPR)