Ratinho também rejeitou a relação entre o tornado e o aquecimento global. Para ele, a percepção de aumento nos eventos extremos ocorre apenas devido à ampliação da cobertura pela internet. “Essas coisas sempre tiveram. Antes não era divulgado. Agora, aconteceu qualquer coisa, todo mundo divulga. Foi uma tragédia que aconteceu.”
Repercussão negativa nas redes
Internautas criticaram as declarações, principalmente por ocorrerem em um programa de grande audiência em rede nacional. Muitos apontaram que o comentário vai na contramão das discussões sobre clima que estão sendo tratadas na COP 30, realizada em Belém (PA).
“Opinião sem responsabilidade, dita em rede nacional, deixa de ser entretenimento e vira desserviço”, escreveu Elder Fernando. Outro usuário afirmou que o apresentador ignora pesquisas científicas: “É impressionante como ele acha que está certo, enquanto vários cientistas estudam isso há anos.”
Contexto ambiental
Especialistas apontam que eventos extremos, como tornados e tempestades severas, podem ser influenciados pelas mudanças climáticas. Dados da organização SOS Mata Atlântica mostram que Rio Bonito do Iguaçu aparece entre os municípios que mais perderam áreas de Mata Atlântica nas últimas décadas.
Entre 1985 e 2015, a cidade liderou o ranking nacional de desmatamento do bioma, com 24,9 mil hectares destruídos, área equivalente à da cidade de Fortaleza.
“O que aconteceu no Paraná destruiu casas. Esses fenômenos da natureza ninguém sabe de onde vêm, que hora vêm, para onde vão”, disse.
Na sequência, ele minimizou a relevância da Amazônia para o equilíbrio climático.
“Quando vejo o pessoal falando do planeta… O Amazonas tem só 1% de todo o globo terrestre. Não vai adiantar você preservar 1%, tem que preservar tudo”, afirmou.