O episódio de Montenegro, no Rio Grande do Sul, segue sendo a única confirmação da presença da gripe aviária em uma granja comercial brasileira. A suspeita de que esta fosse a causa da mortandade de aves registrada há poucos dias em um aviário comercial de Ipumirim, no Oeste de Santa Catarina, foi inteiramente descartada pelos exames laboratoriais, o mesmo ocorrendo com outros dois episódios no mesmo Estado: com uma ave doméstica em Chapecó e um quero-quero silvestre em Garopaba.

De acordo com a Secretaria de Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, o diagnóstico definitivo sobre o episódio de Ipumirim será conhecido em até uma semana, mas os produtores catarinenses devem se manter atentos e com medidas de segurança reforçadas em seus aviários.

DESINFECÇÃO CONCLUÍDA

No Rio Grande do Sul, o serviço veterinário oficial já concluiu a limpeza e a desinfecção do matrizeiro de Montenegro (foto), onde foi confirmado o primeiro foco de gripe aviária em uma criação comercial brasileira. Com isso, começou a contar ontem (22) o período de 28 dias de vazio sanitário recomendado pelos protocolos internacionais.

"Esse período é essencial para que possamos, de forma técnica e transparente, comprovar a contenção do vírus. Ao final desse prazo, se não houver novas ocorrências, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região. Isso não apenas fortalece a credibilidade do nosso sistema sanitário, como também representa um passo fundamental para a reabertura de mercados e a normalização das exportações", explicou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. (Foto: Reprodução)