Boa parte da sociedade impressiona por seu comportamento muitas vezes "febril", que alguns preferem chamar "do tipo Maria vai com as outras". Refiro-me à momentânea, mas intensa, repercussão de casos que saem na imprensa e logo viralizam nas redes sociais. E quanto maior ou mais grave o problema, mais a notícia se espalha, como que a corroborar a tese de que a morbidez faz com que muitas pessoas encarem a desgraça como prazerosa, desde que não ocorrida na própria casa ou com um dos seus.
Dito isso, aponto que desde um triste episódio ocorrido em agosto desde ano no Parque Vitória, que deveria ser um espaço aprazível para os cascavelenses que apreciam andar à sombra das árvores e curtir a natureza e quase se transformou em palco de uma tragédia, com dois senhores com quase 80 anos gravemente feridos num ataque de cães da raça Pitbull, semana sim outra também a imprensa do Paraná tem retratado episódios de cães ferozes andando livres, leves e soltos e atacando pessoas sem dó nem piedade.
Nessa história toda o que realmente salta aos olhos dos mais atentos, depois da irresponsabilidade dos tutores, é a falta de providências concretas das autoridades para evitar a repetição desses tristes episódios, como a responsabilização de quem costuma criar animais perigosos sem a devida precaução, sobretudo no perímetro urbano.
Urge que algo seja feito de concreto para dar um basta a esses ataques, pois não é admissível que pessoas saiam para passear ou trabalhar e acabam indo parar num hospital com pernas e braços dilacerados por animais que jamais poderiam andar soltos por aí. (Foto: Reprodução)