Nova roupagem, velhas práticas
Pinga-fogo
Publicado em 13/06/2024

Fundado em 1995 para suceder o já desgastado PTN, o Podemos foi inicialmente apresentado ao eleitorado brasileiro como "um partido jovem e inovador, buscando oferecer uma alternativa aos tradicionais modelos de representação". Por trás desse discurso simpático, todavia, sempre estiveram escondidas as mesmas velhas práticas que levaram à desmoralização da maioria esmagadora das agremiações partidárias brasileiras.

Prova disso é o que acaba de acontecer em Cascavel, onde, por escolha unicamente das executivas nacional e estadual, o Podemos optou em apoiar a pré-candidatura do deputado Marcio Pacheco, esquecendo de ouvir primeiro os filiados que o representam na cidade.

Com uma carta sem qualquer valor legal, na medida em que quem irá julgar eventuais ações futuras por infidelidade partidária será a Justiça Eleitoral e não sua cúpula, a executiva estadual tornou público que os 22 pré-candidatos à Câmara de Vereadores local "estarão liberados para apoiar qualquer candidato ao pleito majoritário da cidade".

E isso aconteceu apenas cinco dias depois de o presidente estadual Gustavo Castro vir a Cascavel para anunciar o apoio oficial do Podemos a Pacheco, que não louco de rejeitar apoios e nada tem a ver com essa manobra toda, mas dela herdará não mais que espaço no horário eleitoral e, com muita sorte, alguma verbinha do Fundo Eleitoral para ajudar a financiar sua campanha.

Ou alguém imagina que nomes como Cidão da Telepar, Hudson Moreschi Jr, Descure Doneda, Vinícius Bosa, Marcinho da Defesa Civil e Pedro Martendal, dentre outros que integraram até outro dia a equipe de Leonaldo Paranhos, farão campanha contra o vice Renato Silva? (Foto: Reprodução)

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