APP precisa repensar conduta
Pinga-fogo
Publicado em 04/06/2024

Não é de hoje que a forma usada pela APP Sindicato para defender seus filiados tem sido questionada. E não só pelos chamados "adversários de ocasião", mas pela grande maioria esmagadora da sociedade paranaense, que não é afeita a tolerar greves e ações depredatórias do patrimônio público sem que os responsáveis sejam efetivamente responsabilizados por isso.

No caso da paralisação iniciada ontem (3) e que culminou com a mais uma invasão do prédio da Assembleia Legislativa, salta aos olhos de todos que acompanham a política paranaense que já é tempo dessa entidade sindical reformular seu modus operandi.

É de domínio público desde o princípio que a terceirização da gestão administrativa de parte das escolas da rede estadual não será feita por decreto, mas sim de forma democrática, tal qual aconteceu com as escolas cívico-militares. Quem decidirá é a comunidade escolar, ou seja, professores, demais servidores, alunos e pais de alunos.

Ao invés de seguir martelando em ferro frio, a APP deveria se empenhar em conversar com a comunidade estudantil e respectivas famílias para mostrar que o modelo desejado será menos eficiente do que o atual, pois na base do radicalismo continuará colecionando derrotas.

Vale observar que o argumento de que quem está perdendo mais esta batalha é o Estado e não a APP não encontra sustentação nos números oficiais sobre o desempenho da educação pública paranaense - guardadas as devidas e louváveis exceções, é claro.

Por fim, e cá entre nós, não cola nem com Super Bonder o discurso de que o Governo do Paraná estaria pretendendo entregar a rede estadual de ensino de mão beijada à iniciativa privada. (Foto: Valdir Amaral/Alep)

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