Existem diversos vírus causadores de inflamação e outros danos no fígado, caso dos agentes por trás das hepatites A, B e C.
A que está no centro das atenções aqui costuma ser transmitida por água e alimentos contaminados ou por pessoas infectadas pelo patógeno, geralmente devido ao contato com as fezes.
O vírus da hepatite A se dirige até o fígado, onde se instala e se reproduz. Tende a ficar incubado de 14 a 28 dias, desencadeando os sintomas.
A maioria das crianças que travam relação com o agente infeccioso não desenvolve a doença nem pena com manifestações clínicas. Já entre os adultos a situação pode ser diferente.
Em algumas pessoas, o vírus é tão bem-sucedido que provoca uma devassa no fígado. Ele induz o organismo a instaurar um processo inflamatório — vem daí o nome “hepatite” — com sintomas como náusea, febre,diarreia e icterícia. O quadro exige medidas de suporte, como repouso e hidratação, podendo demandar hospitalização.
O que mais preocupa os especialistas é que indivíduos que não se vacinaram ou não tiveram contato com o vírus na infância — as condições que ativam a imunidade ante a doença — podem ser acometidos de uma hepatite fulminante. Trata-se de uma situação mais rara, porém alarmante, pois a evolução é rápida e pode ser fatal.
Sintomas da hepatite A
Náusea e vômito: a pessoa se sente enjoada, chegando a não tolerar o que come.
Mal-estar geral: febre e falta de apetite dão as caras quando a infecção se instalou.
Diarreia: o vírus afeta o processo de digestão e instiga evacuações frequentes.
Icterícia: consequência do dano ao fígado: os olhos e até a pele ficam amarelados.
Medidas de prevenção
Saneamento básico: sem água e esgoto tratados, o vírus contamina a rede local.
Higiene: lavar as mãos é uma das melhores atitudes para escapar do patógeno.
Água mineral: em lugares sem um abastecimento adequado, evite água da torneira.
Alimentação: cuidado com a comida de proveniência duvidosa — sobretudo no verão.
(Ilustração: Rodrigo Damati/Veja Saúde)
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