O secretário municipal de educação, Aldrian Matoso, de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), pediu exoneração do cargo na manhã desta terça-feira (5), segundo a prefeitura.
O secretário saiu em meio a problemas na distribuição de merendas de empresa terceirizada na cidade. Cerca de 29 mil alunos estão sem a alimentação.
As aulas em 20 escolas municipais foram suspensas na tarde desta terça e todos os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) também são afetados pela medida e ficarão sem aulas, além da tarde desta terça, também na quarta (6).
A medida foi anunciada pela prefeitura. Até a última atualização desta reportagem, a prefeitura não tinha informado quais as escolas que não terão aula à tarde.
Responsabilidade de empresa terceirizada
A decisão foi tomada porque instituições de ensino da cidade estão com problemas para receber merendas escolares desde 1º de dezembro, data em que a a alimentação nas escolas e CMEIs passou a ser responsabilidade da empresa terceirizada Objetiva Alimentação e Facilities, de São Paulo.
Nesta terça, a prefeitura informou que notificou a empresa, que se comprometeu a apresentar, até às 14h, um plano de ação para resolver os problemas de fornecimento da alimentação em um prazo de 24 horas.
A prefeitura também disse, em nota, que está monitorando a situação.
Distribuição de merenda — Foto: Reprodução/RPC
O que diz a empresa Objetiva
A empresa foi contratada emergencialmente porque segundo a prefeitura, não era mais possível prorrogar o contrato das empresas anteriores. Segundo o contrato, a terceirizada irá receber mais de R$ 24 milhões para prestar o serviço por 105 dias letivos.
À RPC, o administrador de contratos da Objetiva, Leonardo Carpaneda, disse que a distribuição deve ser normalizada na próxima segunda (11).
Segundo ele, entre os motivos que levaram à falha na distribuição de alimentos está o fato de que algumas escolas estavam sem utensílios básicos, como fogões e pias. A empresa alega que os itens foram retirados do local pelas empresas anteriores após o fim dos contratos.
Nestas instituições, segundo ele, foi servida comida pronta para que os alunos não ficassem sem as refeições.
"Peço um pouquinho mais de colaboração. A gente está fazendo de tudo pra que isso seja sanado. Não estou medindo esforços e estou completamente consternado comigo e com a empresa, porque sei que tive problemas", falou.
Sobre a retirada de itens, a Risotolândia, uma das empresas que prestava o serviço, informou que retirou os materiais dentro do prazo estipulado a fim de "liberar espaços para a nova empresa".
A empresa Singular Serviços, que também atuava no antigo contrato, disse que no ato da publicação do contrato com a empresa Objetiva, manteve todos os equipamentos nas unidades escolares.
SICREDI