Mais de 900 profissionais da Copel estão em campo para restabelecer a energia
COTIDIANO
Publicado em 30/10/2023

Áreas alagadas dificultam o acesso de equipes da Companhia em diversas regiões. Ao todo, 20,5 mil unidades consumidoras estão sem energia no Estado.

Mais de 900 profissionais da Copel permanecem em campo na noite deste domingo (29) para restabelecer a energia em áreas atingidas pelas fortes chuvas em todo o Paraná desde sexta-feira (27). Áreas alagadas dificultam o acesso de equipes da Companhia em diversas regiões. Ao todo, 20,5 mil unidades consumidoras estão sem energia no Estado.

A condição deixada pelas chuvas, especialmente os alagamentos, fez com a quantidade de serviços que precisam ser atendidos pela Copel fique pulverizada em diversas localidades, especialmente em regiões rurais, e com acesso limitado.

ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA – A empresa reitera que, em ocorrências climáticas como esta, é importante o cuidado com a segurança, especialmente em áreas com acúmulo de água. A população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados.

Em situações de risco, o contato deve ser feito pelo número 0800 51 00 116. A Copel informa que, dependendo do avanço das cheias, poderá desligar a energia por risco de choque elétrico.

VAZÕES - As fortes chuvas registradas nas últimas horas voltaram a elevar as vazões nos principais rios do Paraná. Para este fim de semana, a previsão do Simepar era de precipitação mais intensa e localizada no Centro-Sul e Sudoeste do Estado, mas foi registrado volume bem superior também na Região Metropolitana de Curitiba.

CAPIVARI – O temporal que atingiu a região Leste aumentou rapidamente o nível do reservatório do Capivari, localizado em Campina Grande do Sul, que alimenta a Usina Governador Parigot de Souza. A vazão afluente começou a subir às 16h de sábado, passando de aproximadamente 60 m³/s para 217 m³/s (registro das 14h de hoje).   

Para manter a represa no limite seguro de operação, a empresa precisou aumentar gradativamente o escoamento de água pelas comportas do vertedouro e solicitou à Defesa Civil a interdição preventiva da ponte sobre o rio Capivari que fica a cerca de um quilômetro da barragem da usina, na região da A.M.O Piscicultura.

Foi aberto um canal de drenagem junto à cabeceira da ponte para aliviar os efeitos da cheia sobre a estrutura.  

IGUAÇU - Houve precipitação intensa ao longo de toda a bacia hidrográfica. A vazão afluente (que chega ao reservatório) na Usina de Foz do Areia dobrou nas últimas 24 horas, passando de 3 mil m³/s para cerca de 6 mil m³/s.   

O efeito da cheia e das chuvas estendeu-se rio abaixo, elevando o nível de água nas represas das outras cinco usinas.

Na Usina Salto Caxias, localizada na região Sudoeste, das 7h manhã de sábado até as 14h deste domingo, a vazão afluente saltou de 5 mil m³/s para 20 mil m³/s e ainda pode aumentar devido à instabilidade no tempo.

Como o reservatório da Usina está cheio, esse volume de água está sendo liberado rio abaixo – parte passando pelas turbinas para gerar energia e o volume maior escoando pelas comportas do vertedouro.  

AÇÃO CONJUNTA - As equipes de operação da Copel e áreas de suporte trabalham de forma ininterrupta, antecipando cenários e executando as estratégias mais adequadas para garantir a segurança operacional das usinas e reduzir ao máximo o impacto desses eventos climáticos extremos para a população. 

Com o indicativo de chuvas intensas que os diferentes modelos meteorológicos apontavam para os meses de outubro e novembro, os agentes de geração das usinas da cascata do Iguaçu, sob coordenação do NOS – Operador Nacional do Sistema Elétrico optaram por manter comportas abertas desde o último dia 6, para reduzir o nível de água dos reservatórios e armazenar parte do volume da cheia observada atualmente.

SEGURANÇA – A Copel mantém contato permanente com a Defesa Civil, que orienta os moradores e prefeituras a respeito das providências a serem tomadas diante dos cenários registrados em cada usina.

A Companhia reforça que as comunidades ribeirinhas e frequentadores dos rios devem aumentar a atenção nesses períodos de cheia.

Quando as usinas estão com comportas abertas e vertendo, a correnteza aumenta tanto acima quanto abaixo da barragem e o risco de afogamentos e acidentes com embarcações também é maior.

 

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