Os usuários das principais rodovias do Oeste e do Sudoeste do Paraná terão um prazo maior para voltar a pagar pedágio. É que o Lote 6, o maior de todos em extensão e investimentos e que abrange cidades como Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Guarapuava, só será leiloado em 2024, de acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho. O mesmo correrá com o Lote 3, que contempla rodovias das regiões de Londrina e Ponta Grossa.
"Até o final de setembro nós vamos mandar os lotes 3 e 6 ao Tribunal de Contas da União, que faz uma avaliação prévia daquilo que nós modelamos, com a expectativa de publicarmos o edital no começo do ano que vem. Esse é o planejamento. Os outros dois, que são os lotes 4 e 5, vamos elucidar nos próximos dias", detalhou o ministro logo após acompanhar com o governador Ratinho Junior o leilão do Lote 1, realizado na sexta-feira (25), na Bolsa de Valores de São Paulo, e que fechou com um desconto de 18,25% sobre a tarifa básica.
ESPECIFICAÇÕES
Totalizando 638 km, o Lote 6 tem previsão de 444 km de duplicações, incluindo trechos complexos como a Serra da Esperança, em Guarapuava, e de um investimento de R$ 8,64 bilhões. Na BR-277, a concessionária vencedora da concessão terá que duplicar 64 km entre Cascavel e Matelândia, além de 247 km entre Cascavel e Guarapuava. Também está programada a construção de 29 km de vias marginais em Cascavel.
Já na região Sudoeste, estão previstas as duplicações de 71 km na PR-182, entre Marmelândia e Francisco Beltrão, e de 62 km nas rodovias que ligam Francisco Beltrão a Pato Branco. Outras obras importantes são a implantação de vias marginais em Realeza e Francisco Beltrão, além de um contorno em pista dupla para desviar o tráfego do perímetro urbano de Marmeleiro.
Em todo o lote também estão projetados 14 km de ciclovias, um total de 111 km de marginais, 34 passarelas para pedestres, 120 retornos, 42 obras de arte especiais, que incluem pontes e viadutos. O Ministério da Infraestrutura também calcula mais R$ 6,64 bilhões de investimentos em melhorias para operação das rodovias, prevendo a geração de receita de R$ 30,5 bilhões nos 30 anos de concessão. (Foto: Jonathan Campos/AENPR)