Presente por enquanto no Paraná apenas em Foz do Iguaçu e Londrina, onde está sendo muito bem sucedido, o método Wolbachia (que consiste na reprodução em alta escala do mosquito Aedes aegypti geneticamente modificado) será implantado ainda neste ano também em Cascavel, conforme anúncio feito pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (7), véspera de mais um mobilização nacional contra a dengue.
Esse método começou a ser usado no Brasil há mais de dez anos e já está sendo empregado também nas cidades cariocas de Niterói e Rio de Janeiro, na mato-grossense Campo Grande, na catarinense Joinville, nas mineiras Uberlândia e Belo Horizonte, na pernambucana Petrolina, na paulista Presidente Prudente, na capixaba Natal, nas catarinenses Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville, nas goianas Valparaíso de Goiás e Luziânia e na capital do País, Brasília.
A escolha dos municípios para expansão do programa foi feita com base em critérios do Ministério as Saúde e Cascavel entrou por ser um ponto estratégico e também por questão estatística, pois só neste ano já foram confirmados na cidade 372 casos e dengue e mais de 2,3 de chikungunya, que é transmitida pelo mesmo mosquito. Nesta etapa, o programa será levado também a São Carlos, São José do Rio Preto, Araraquara e São José dos Campos, todos em São Paulo; Cariacica e Serra, no Espírito Santo; Contagem, em Minas Gerais; e Anápolis, Aparecida de Goiânia e Trindade, todos em Goiás.
PRODUÇÃO EM CURITIBA
A expansão dessa estratégia comprovadamente eficaz de combate ao Aedes aegypti está sendo possível graças à existência, em Curitiba, da maior "fábrica de mosquitos" do mundo. Inaugurada em agosto deste ano, no parque tecnológico do Tecpar, ela produz em larga escala os chamados Wolbitos, que são mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia.
A unidade, com capacidade estimada de até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana, tem mais de 3,5 mil metros quadrados de área construída e equipamentos de ponta para automação e criação dos mosquitos. Fruto de uma parceria do Estado com a Fiocruz, a fábrica é coordenada pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná e pelo World Mosquito Program, instituição que detém a patente da tecnologia. (Foto: Divulgação Fiocruz)
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