A Polícia Rodoviária Federal (PRF) autuou cerca de 500 motociclistas que participavam de um grande deslocamento em grupo na BR-060, em Goiás, no último domingo (19). A corporação informou que o evento não possuía autorização prévia da autoridade de trânsito. O valor total das multas aplicadas ultrapassa R$ 1 milhão.
O grupo, segundo a PRF, pertencia ao moto clube “Os Brabos Tem Nome” e se deslocava de Goiânia para Abadiânia. A viagem celebrava o quinto aniversário do clube.
Em nota oficial, a PRF explicou que a fiscalização se baseou no Artigo 174 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O artigo define como infração gravíssima a participação em eventos organizados em vias públicas sem a devida permissão. A penalidade para essa infração é uma multa de R$ 2.934,70 e a suspensão do direito de dirigir.
A corporação reforçou que a legislação “visa garantir a segurança de todos os usuários da rodovia” e que o objetivo da medida é “preservar a vida e a ordem no trânsito, evitando riscos desnecessários”.
Multados discordam
Os motociclistas, por outro lado, contestam as autuações e a forma como foram aplicadas. O moto clube publicou uma nota de esclarecimento afirmando que o evento tinha também caráter beneficente, com arrecadação de alimentos para famílias carentes.
O grupo alega que o trajeto foi realizado de maneira “ordeira”, trafegando pela pista da direita e sem obstruir o trânsito ou realizar manobras perigosas. Segundo os participantes, a abordagem inicial da PRF na rodovia foi “tranquila”, com verificação de documentos e liberação dos condutores sem qualquer notificação no local.
A surpresa, relatam, veio nos dias seguintes, com o recebimento das multas. O moto clube classificou a ação como “injusta e desproporcional”, criticando a “autuação em massa, sem individualização da conduta”
O grupo informou que está buscando apoio jurídico para tentar reverter as penalidades. Ao site Diário Goiás em Destaque, os participantes preparam uma ação coletiva para rever as multas.
“Muitos receberam duas multas no mesmo horário e local. Nenhum foi informado na hora da abordagem. Os agentes apenas fotografaram as placas e liberaram todos”, relatou Monrara Ribeiro, administradora do motoclube.
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