Estudo contratado junto à consultoria Celeres, especializada em agronegócio, revelou que a pirataria de sementes causa um prejuízo anual estimado em R$ 10 bilhões apenas na cultura da soja no Brasil. Aproximadamente 11% da área plantada com essa cultura no País utilizam sementes sem o devido registro junto ao Ministério da Agricultura, o que equivale a toda área de cultivo do Mato Grosso do Sul. E o problema é ainda mais grave no Rio Grande do Sul, onde os danos chegam próximos de R$ 1,1 bilhão.
Esse cenário esteve no centro dos debates durante o Congresso de Sementes das Américas, que trouxe a Foz do Iguaçu mais de 400 pesquisadores de 18 países para debater sobre melhoramento de plantas, edição gênica e fitossanidade. A propriedade intelectual encarece as sementes, é bem verdade, mas garante o melhoramento genético e produtividade cada dia maior aos agricultores.
O sistema não só assegura retorno para quem investe em pesquisa, como também amplia o acesso dos agricultores a sementes de qualidade superior. O resultado é uma agricultura mais produtiva, sustentável e capaz de responder aos desafios globais de segurança alimentar.
Representando a Federação Internacional de Sementes no evento, Lorelei Garagancea disse que o grande desafio é encontrar um equilíbrio entre os direitos de quem investe em pesquisa para desenvolver novas sementes, adequando a legislação para facilitar a fiscalização e, com isso, assegurar o acesso a sementes de melhor qualidade para agricultores de todos os países produtores de soja. (Foto: Divulgação)