A conduta de Renato Freitas (foto) na Assembleia Legislativa do Paraná, tida pela maioria da Casa como nada republicana, começa a trazer consequências para o deputado petista. Por maioria de votos, o Conselho de Ética aprovou nesta terça-feira (1º) a suspensão de suas prerrogativas regimentais pelo prazo de 30 dias.
"Hoje é um dia histórico. Desde que cheguei à Assembleia Legislativa, há mais de dez anos, nunca vimos uma punição como essa ser aprovada pelo Conselho de Ética. Sinto o dever cumprido, pois, em 2 de junho, quando houve o pedido de arquivamento do processo contra o deputado Renato Freitas, eu me manifestei contra e defendi que houvesse, sim, uma punição. E foi o que aconteceu", celebrou o deputado cascavelense Márcio Pacheco, que se insurgiu ao arquivamento caso proposto inicialmente e levou o caso a uma grande reviravolta.
O próprio Pacheco e os também deputados Thiago Bührer, Artagão Junior, Marcio Pacheco e Marcia Huçulak votaram favoravelmente à punição e apenas o deputado Dr. Antenor se posicionou contrário - Delegado Jacovós e Tito Barrichello não votaram. Para que Renato seja efetivamente punido, no entanto, é necessário que o relatório do Conselho de Ética seja referendado pela Comissão de Constituição e Justiça e, por fim, aprovado em plenário.
O advogado Edson Abdala, que atua na defesa do deputado petista, diz que tem cinco dias uteis para recorrer da decisão e que aguarda a análise da CCJ sobre seu pedido questionando a prescrição de prazos, o que pode tornar a decisão do Conselho de Ética nula antes mesmo de ser apreciada pelo plenário.
A punição foi pedida por Tito Barrichello e Ricardo Arruda sob alegação de que Renato Freitas fez uso de sua prerrogativa como deputado para facilitar o acesso de manifestantes à Assembleia Legislativa do Paraná durante manifestações ocorridas em junho do ano passado. (Foto: Valdir Amaral/Alep)