As menções ao senador Sergio Moro (União-PR), ao deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) e ao ex-ministro do Trabalho Onyx Lorenzoni motivaram a Polícia Federal (PF) a enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) parte da investigação sobre fraudes contra aposentados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desdobramento da Operação Sem Desconto.
De acordo com a PF, Pinato e Onyx foram citados em documentos que integram o conjunto de inquéritos da operação. A suspeita, no caso de Lorenzoni, é de que ele tenha recebido doações de campanha feitas por um intermediário ligado à associação Amar Brasil, entidade sob investigação por prática de descontos irregulares em aposentadorias. A movimentação foi detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no segundo semestre de 2022, após ele ter deixado o governo e se lançar como candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
“Frise-se que Onyx foi ministro do Trabalho e Previdência de julho de 2021 a março de 2022, período em que os ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) da Amar e demais entidades foram entabulados perante o INSS, o que deu azo aos descontos fraudulentos”, afirma a PF em relatório.
