Entra prefeito, sai prefeito e a questão da coleta do lixo em Cascavel segue seu roteiro de novela sem fim. Leonaldo Paranhos não conseguiu resolver a questão em oito anos de mandato, deixando o assunto para seu sucessor Renato Silva, que assumiu há menos de seis meses e já está experimentando o primeiro impasse.

O novo capítulo está sendo protagonizado pelo TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), que concedeu medida cautelar vedando a renovação do contrato com a atual empresa prestadora do serviço por mais 12 meses, a um custo estimado de R$ 71 milhões.

No caso presente o relator, conselheiro Durval Amaral, acatou a alegação de violação aos princípios de competitividade e ampla defesa feita pela Alubras (Associação de Empresas de Engenharia e Limpeza Urbana do Brasil), pelo Seac-PR (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná) e pelas empresas CGC Concessões Ltda e Multserv Ltda.

Vale lembrar que em agosto de 2024 o TCE-PR já havia determinado a anulação de concorrência pública com o mesmo objetivo, o que levou o conselheiro relator a observar, em sua decisão de agora, que o Município deveria ter corrigido as falhas e dado continuidade àquela licitação ao invés de apelar para o procedimento de contratação direta, cabível apenas em casos excepcionais. (Foto: Arquivo Secom/PMC)