Publicado em 12/03/2025 por Administrador
A presença de técnicos da Itaipu Binacional em municípios do Oeste do Paraná despertou questionamentos entre alguns produtores rurais da região. Diante disso, a empresa esclarece que a atividade está exclusivamente ligada a um levantamento técnico e não tem qualquer vínculo com aquisição de terras para comunidades indígenas.
Os profissionais estão instalando marcos geodésicos como parte da rede altimétrica de alta precisão da Itaipu. Esse processo busca atualizar informações sobre o relevo da área conectada ao reservatório da usina, uma vez que o último mapeamento altimétrico da região foi feito na década de 1970, durante a construção da usina.
Para obter dados mais detalhados, estão sendo implantados marcos de concreto a cada três quilômetros, preferencialmente em locais que permanecerão inalterados por décadas. Alguns desses pontos estão em propriedades privadas, enquanto outros são instalados ao longo de rodovias e áreas públicas.
De acordo com Henrique Gazzola de Lima, gerente da Divisão de Estudos da Itaipu, o trabalho foi dividido em lotes. Os dois primeiros, abrangendo a área entre Foz do Iguaçu, Cascavel e Marechal Cândido Rondon, estão quase finalizados. "Agora, as equipes iniciaram o lote três, a partir de Guaíra, seguindo a bacia do Rio Paraná. Também há levantamentos em andamento no lote dois, que abrange Mercedes, Guaíra, Quarto Centenário e Corbélia", explica.
A meta é instalar aproximadamente 1.400 marcos, dos quais 512 já foram concluídos. Segundo Roberta Dal Bosco Carletto, gestora do contrato na Itaipu, a nova rede altimétrica trará medições mais precisas do relevo, o que será essencial para projetos de infraestrutura, como estradas e pontes.
Cada marco tem sua posição e altitude determinadas via satélite, com medições complementares, como nivelamento, gravimetria e outros parâmetros topográficos. Além de fornecer um panorama detalhado da bacia hidrográfica, os dados obtidos contribuirão para aprimorar os modelos de previsão hídrica da usina.
Assessoria