Dengue explode no País e Cascavel lidera ranking de mortes no Paraná
SAÚDE
Publicado em 13/01/2025

Balanço divulgado no último fim de semana pelo Ministério da Saúde dá dimensão de preocupação ainda maior ao cenário da dengue, doença transmitida pelo Aedes aegypti. De acordo com os números oficiais, ao longo de 2024 essa doença matou 6.041 brasileiros, superando assim a antes mais temida Covid, que fechou o período com 5.960 óbitos. Além disso, o número de casos de dengue no País teve uma alta de nada menos que 400% ao longo do ano passado em comparação com 2023, quando o número oficial de mortes foi de 1.189.

No caso do Paraná, os números oficiais disponíveis não são especificamente do ano passado, mas do chamado período epidemiológico, iniciado em julho de 2023 e encerrado em julho de 2024, e também preocupam - e muito. Ao todo, 595 mil paranaenses pegaram dengue e 610 faleceram naqueles 12 meses. E, apesar de ser a quinta maior cidade, Cascavel liderou o número de óbitos com um total de 57, seguida de Londrina (52), Toledo (44), Apucarana (27) e Francisco Beltrão (19).

O crescimento da dengue guarda relação com as mudanças climáticas, mas a causa principal não é outra que não a falta de prevenção, ou seja, de cuidados para evitar que a água da chuva fique acumulada principalmente em calhas e pequenos recipientes, o que favorece a proliferação do mosquito.

 

IMUNIZAÇÃO

Além da prevenção, outra forma eficiente de combate à dengue é a imunização. Mas aí mora outro problema, pois na rede pública de saúde só há vacina disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma vez que o mercado ainda não está preparado para atender toda a demanda existente.

Também é possível se vacinar na rede privada de clínicas, laboratórios e farmácias, só que, neste caso, uma única dose custa entre R$ 350 e R$ 490, em média, dependendo do fabricante. Já o esquema completo de imunização não sai por menos de R$ 700, tornando-se assim inviável para muitos brasileiros. (Arte: Sesa-PR)

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