A Itaipu Binacional está em processo de implantação de uma RAIB (Rede Altimétrica de Alta Precisão) na Bacia do Rio Paraná para monitorar o nível do reservatório e da bacia incremental. A rede terá mais de 1.400 marcos geodésicos, cobrindo áreas que vão de Foz do Iguaçu até Presidente Prudente, passando por 143 municípios do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Esses marcos estão sendo instalados por empresas contratadas e são essenciais para a captação de dados topográficos, não tendo nenhuma relação com demarcações de terra. A equipe envolvida está devidamente identificada e segue todos os protocolos de segurança e transparência.
O gerente da Divisão de Estudos da Itaipu, Henrique Gazzola de Lima, comenta que a implantação do projeto exige a colaboração da comunidade. "Muitas vezes, precisamos instalar os marcos em áreas públicas, praças, nas margens de estradas ou em propriedades particulares, por isso pedimos o apoio de todos", detalha. O marco geodésico 001, por exemplo, foi instalado dentro da área da usina.
O QUE É
Uma rede altimétrica é um conjunto de marcos distribuídos em uma determinada área para definir com precisão a altura de cada ponto em relação ao nível do mar. Esses pontos são interligados, formando uma espécie de "mapa" da elevação do terreno. A rede altimétrica ajuda a entender as variações de altitude em diferentes lugares, o que é útil para planejamento de obras, monitoramento de enchentes, construção de estradas e outros projetos que dependem do relevo da área, como o monitoramento do lago da Itaipu.
Os marcos têm uma base de concreto na qual é fixada uma placa com um código de identificação, que permite o controle de sua localização exata, pelas coordenadas de onde a estrutura está: latitude, longitude e altitude.
"Um dos resultados esperados é que as previsões hidrológicas, usadas para a programação de geração de energia, sejam mais precisas", explicou. "Ou seja, teremos uma melhora na qualidade da informação", explica a engenheira cartógrafa e agrimensora Roberta Dal Bosco. "O novo sistema dará mais excelência ao processo de cálculo hidrológico que acontece hoje", ressalta.
Para saber mais detalhes sobre o projeto basta clicar assistir este VÍDEO, disponível no Youtube. (Foto: Divulgação Itaipu)