Quem vê a propriedade da família Fincke, em Pato Bragado, no Oeste do Paraná, não imagina a dor de cabeça que ela tinha até pouco tempo atrás. Carlito Fincke e os filhos Adilson e Jonas trabalham 30 alqueires de terra divididos entre a produção de suínos, principal atividade, e as lavouras de soja e milho.
A suinocultura havia se tornado quase inviável na propriedade, devido aos custos elevados e questões ambientais, mas aí eles encontraram uma solução: gerar a própria energia. A história da família Fincke, seus desafios e soluções, é tema desta semana da série especial "Paraná, a Energia Verde que Renova o Campo", produzida pela Agência Estadual de Notícias e cujas reportagens já realizadas é possível acessar clicando AQUI.
A família de produtores de Pato Bragado é mais um exemplo cabal do impacto que o apoio do Estado tem para os produtores e para o meio ambiente. Esse apoio se dá com programa RenovaPR, que subsidia o custo financeiro dos investimentos em equipamentos como biodigestores e painéis fotovoltaicos, a fim de incentivar e disseminar a energia limpa no campo.
O financiamento dos Fincke foi de aproximadamente R$ 700 mil, com prazo de pagamento de dez anos e carência de três. Quando a granja opera com capacidade total de suínos, o biodigestor chega a gerar entre 25 e 30 mil quilowatts/mês, sem contar a energia que é utilizada na propriedade, para bombear o digestato na plantação de soja e milho, rico em nutrientes.
A energia excedente é vendida e gera em torno de R$ 15 mil mensais de renda extra, o suficiente para pagar as parcelas do empréstimo. (Foto: Roberto Dziura Jr/AENPR)