Candidatos da cleptocracia?
Opinião
Publicado em 30/09/2024

J. J. Duran

 

Corrupção existe tem todos os países do mundo, capitalistas ou comunistas, desenvolvidos ou miseráveis. A única diferença está no grau e na resposta dada pela sociedade ante um caso concreto.

Quando nos deparamos com casos de corrupção conduzidos pela opinião pública, chega-se a raciocinar que em tempos como o que estamos vivendo o eleitor repudia o discurso fajuto, a mentira disfarçada de verdade e o reconto de tempos idos.

Mas o alargamento da desonestidade política chega ao conhecimento do eleitor, desnudando mediocridades e a alienação que impera no fator político.

Essa crise, que vive adormecida a maior parte do tempo, mas desperta em todo ano eleitoral, tem como expoentes grupos formados pelo compadrio político-econômico e ávidos por mamar nas tetas do erário, que reúne o dinheiro fruto do esforço de todos.

Hipocrisia e arrogância, sempre unidas em benefício de interesses escusos, são a base de sustentação das ambições disfarçadas com confusas mudanças ideológicas de candidatos componentes do círculo vermelho do poder governante.

Com um pouco de atenção é perfeitamente possível constatar que os quadros que acompanham determinadas candidaturas nada mais são do que velhas raposas sedentas em se aproximar novamente das joias da coroa.

São figurantes atraídos a peso de ouro e travestidos de novos republicanos desejosos de ofertar seus conhecimentos e sacrifícios pelo bem de uma coletividade minúscula.

A política se degradou a tal ponto que, muitas vezes, bíblias e gibis pornográficos são postos lado a lado para nortear a conduta de determinados candidatos.

Em seu livro "Controlling CORRUPTIO", o professor e escritor Robert Klitgaar afirma que "o drama do eleitor reside em ver que certos políticos passam pelo governo e depois desaparecem até a chegada de uma nova safra de oportunidades para engordar o caixa".

Não são todos assim, obviamente. Mas todos que o são têm seus rostos bem conhecidos do eleitorado. (Imagem: Reprodução internet)

 

J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário de Cascavel e do Paraná

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