A 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban, realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre os dias 4 e 10 de julho com 3 mil pessoas de todo o País e divulgada nesta terça-feira (30) pela Agência Brasil, revelou que 88% dos brasileiros são favoráveis à punição severa dos candidatos que usam ou se beneficiam de notícias falsas durante as eleições.
A punição mais defendida por 52% das pessoas ouvidas é a impugnação da candidatura; 14% defendem multa em dinheiro; 12% defendem suspensão da campanha eleitoral por um período; 10% consideram que a propaganda eleitoral deve ser suspensa por completo e 3% indicaram apenas uma repreensão pública. Segundo a pesquisa, as notícias falsas são um dos temas que mais chamam atenção no período eleitoral e 73% da população quer punições severas a quem se aproveitar dessa prática.
A pesquisa, inédita, procurou investigar o pensamento dos brasileiros sobre o grau de envolvimento nas campanhas eleitorais que vão começar no dia 16 de agosto, embora a propaganda no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão vá começar apenas no dia 30.
ALCANCE E CONSEQUÊNCIAS
A pesquisa apontou que mais da metade da população, ou seja, 59%, já recebeu algum tipo de fake news e 30% responderam que já se sentiram prejudicados por notícias falsas, enquanto que 25% declararam já ter bloqueado uma pessoa ou ter sido bloqueado em grupos do WhatsApp por causa de conflitos, brigas e discussões relacionados aos candidatos nas últimas eleições. Para também 59% dos entrevistados que vivenciaram bloqueios ou saída de grupos do Whats por discussões políticas acham que isso se repetirá neste ano.
Na semana passada, foi lançada uma cartilha que traz orientações para as pessoas detectarem as notícias falsas das verdadeiras. A cartilha pode ser acessada AQUI e, a partir dela, os internautas podem identificar facilmente fake news e assim evitar desinformação, fraudes e manipulação de opiniões, muito comum em período de campanha eleitoral. (Foto: TRE-PR)