Quem for visitar a quinta edição do Show Rural Coopavel de Inverno, de 27 a 29 de agosto, em Cascavel, terá a oportunidade de conhecer em detalhes os benefícios da agricultura de precisão aplicada ao cultivo do trigo. O Programa Ageo, um conjunto de práticas para aplicação de tecnologias de plantio, pulverização e melhorias de solo, bem como de uma apurada gestão de informação para uma agricultura mais produtiva e sustentável, será apresentado pelo Departamento de Assistência Técnica e Filiais da Coopavel.
A agricultura de precisão, a partir de análises georreferenciadas do solo, disponibiliza informações que geram mapas de fertilidade, otimizando a correção de áreas agricultáveis e seus resultados. A escolha das áreas para a geração dos mapas, segundo o agrônomo Rodrigo Berger da Silva, pode ser feita pelo triticultor em conjunto com o técnico que atende a propriedade. A leitura das características e condições do solo permite uso racional e otimizado de fertilizantes e corretivos, com consequente aumento da produtividade, conforme o agrônomo Roberto Painelli.
Investir em agricultura de precisão permite buscar maneiras apropriadas para melhorar a conservação e a microbiologia do solo, aprimorando-se, com isso, a estrutura física, química e biológica potencializando retorno em sucessivas culturas. "Essas são etapas indispensáveis para que o produtor rural alcance todo potencial da cultivar de trigo, podendo ultrapassar a casa de cinco mil quilos por hectare", ressalta.
PACOTES TECNOLÓGICOS
"O trigo, aplicando o que há de conhecimentos atualmente, gera resultado econômico tão significativo quanto o de outras culturas, a exemplo da soja", afirma o coordenador geral do Show Rural, agrônomo Rogério Rizzardi. Mas para isso é preciso buscar toda tecnologia disponível no Show Rural de Inverno. O objetivo é obter produtividade de no mínimo seis mil quilos por hectare e não de apenas 3,8 mil quilos da média já produzida no Oeste, acentua ele.
Mais da metade das 40 cultivares que serão apresentadas, muitas delas lançamentos, serão de trigo de alta performance. "É importante que o triticultor e o produtor que queira investir na cultura saibam que podem personalizar um pacote segundo as condições de solo de sua propriedade e o investimento que desejam fazer em tecnologia. Se ele quer atingir seis mil quilos/hectare, destaca Rizzardi, então precisará de uma cultivar de potencial superior, mas se o plano não for esse então é melhor optar por variedade mais resistente, que se adapte ao que pretende. (Foto: Divulgação)