A Serra do Purunã separa o Primeiro do Segundo Planalto do Paraná, na região de Ponta Grossa. E é justamente daí que vem o nome da primeira raça de gado de corte genuinamente paranaense, desenvolvida pelo antigo Iapar e atual IDR-Paraná e oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em 2016.
Trata-se de um bovino composto, obtido do cruzamento entre cinco diferentes raças (Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim) ao longo de quase 40 anos de cruzamentos e seleções controladas para agregar os melhores atributos de cada uma delas.
E os atributos do e Purunã vêm ganhando o reconhecimento e atraindo cada vez mais criadores de diversas regiões do País, estando presente já nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Tocantins e Rondônia. Já são aproximadamente 12 mil animais registrados no território nacional, um crescimento contínuo e sólido.
Atual presidente da Associação dos Criadores de Purunã, Erlon Pilati, que introduziu a raça em sua propriedade em Sapezal, no Mato Grosso, diz que vale a pena apostar na raça. "Um bezerro com sangue Purunã alcança a desmama com 20% a 25% mais peso que uma cria de rebanho convencional. É mais dinheiro no bolso do pecuarista com o mesmo custo de produção", contabiliza.
Precocidade (os animais atingem antes a idade para reprodução e abate), adaptabilidade e rusticidade em diferentes regiões do Brasil, habilidade materna e carne macia e suculenta são outras características elencadas por Pilati.
Ele diz que a associação está promovendo um amplo recadastramento dos animais Purunã, puros ou cruzados, para uma detalhada avaliação genética. "É um pente-fino para saber exatamente a dimensão e a qualidade do rebanho, um projeto de identificação genética que nos permitirá ganhar 10 anos de evolução em apenas dois anos", relata. (Foto: Divulgação IDR-PR)