A colheita da segunda safra de milho 2023/24 já alcançou 42% da área estimada de 2,42 milhões de hectares, mas o Deral voltou a reduzir a previsão de colheita no relatório divulgado nesta quinta-feira (27) e que está disponível neste LINK. A estimativa caiu de 13,23 milhões de toneladas para 13,2 milhões de toneladas.
"Essa redução já era esperada porque o clima continua impactando", explica o analista da cultura no Deral, Edmar Gervásio. "E é provável que se reduza um pouco mais até o final da safra, embora não seja possível quantificar agora", acrescentou. Oeste e Noroeste são as regiões que mais avançaram na colheita, com perto de 70%.
A colheita do feijão também está no final, com expectativa de render 662 mil toneladas nesta segunda safra. "Foi uma safra muito boa, bem maior que a do ano passado (480,5 mil toneladas), pautada principalmente na área, que aumentou 40% (de 295 mil para 413 mil hectares), com isso tem oferta bastante grande, o que está mantendo os preços mais baixos, ainda que razoavelmente remunerador para os produtores", analisou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho. Por outro lado, o trigo já está quase todo semeado.
Também nesta quinta saiu o Boletim de Conjuntura Agropecuária, que pode ser acessado AQUI. Ele aponta que a exportação do complexo soja atingiu 7 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2024, o que gerou um movimento financeiro da ordem de US$ 3,2 bilhões. Já as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde no último mês, com 239,5 mil toneladas ao preço de US$ 1,05 bilhão.
Sobre os suínos, a análise discorre no crescimento de 371% na produção de carne em abatedouros com chancela do SIF na última década. E a produção de ovos também é abordada pelo documento, a partir da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos, feita pelo IBGE. O Brasil produziu quase 1,1 bilhão de dúzias no primeiro trimestre. O Paraná, com 111,2 milhões de dúzias, é o segundo colocado, atrás de São Paulo, que produziu 290 milhões de dúzias. (Foto: Gilson Abreu/AENPR)