Vários segmentos de mercado estão sendo impactados pelos hábitos de consumo da Geração Z (pessoas nascidas entre metade da década de 1990 e o ano de 2010), e na área de alimentação não poderia ser diferente. Conhecidos como nativos digitais, os “Gen Z” têm, como uma de suas principais características, o consumo sustentável. Isso significa que buscam produtos de empresas que prezem pela transparência e adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
Para Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja, membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, a pandemia não mudou a agenda das transformações, apenas antecipou metas e fatos. “Para os Gen Z, o consumo é modulado por exigências como saúde, ambiente, qualidade e transparência. Conscientes nas escolhas, com valores claros, e mais abertos às inovações que chegam ao campo, sem obnubilar valores já vigentes e com os quais aquiescem”, disse ele, ao AgroLink.
Agro e a geração Z
Em relação ao agro, a geração Z representa uma diversidade de perspectivas. De acordo com um estudo recente apontado pelo AgroLink, cerca de 54% daqueles que fazem parte da geração Z, preferem não permanecer nas propriedades familiares. Apesar disso, muitos ainda demonstram interesse em carreiras agrícolas, justamente por conta das inovações tecnológicas e as novas oportunidades proporcionadas pela cadeia agrícola.
Segundo dados do estudo, a geração z no agro tem uma visão positiva das entidades governamentais, contudo, são pessoas menos leais a marcas e que dão preferência para bioinsumos, como os biopesticidas, por exemplo.
“Assim como ocorreu em outras passagens de bastão, mudanças virão. Nesta década, elas serão mais significativas pela quantidade de possibilidades, resultantes da interação entre velocidade de inovação e de comunicação. O que não muda é o fato de alimentos sempre serem um tema em pauta e a consolidação de uma variável diretriz muito clara: a preocupação com sustentabilidade, governança e transparência, particularmente com segurança dos alimentos e proteção ao ambiente. São estes sinais que as nossas cadeias agrícolas devem capturar e introjetá-las até os agricultores”, conclui Gazzoni.
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