Com 3,9 mil agricultores certificados, Paraná lidera produção orgânica do Brasil
AGRO
Publicado em 01/01/2024

Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o PMO envolve 11 núcleos de certificação localizados em nove campus das universidades estaduais e no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). Neste ano, o Governo do Estado destinou R$ 7,9 milhões para o programa com recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Seti para o desenvolvimento científico e tecnológico. O aporte foi aplicado no custeio de bolsas-auxílio e aquisição de equipamentos para os núcleos regionais.

Voltado para pequenas propriedades e agricultores familiares, o PMO tem como objetivo converter produções convencionais para orgânica, em conformidade com a legislação vigente. O intuito é disseminar técnicas de manejo nas propriedades rurais com base nos princípios da agroecologia, contribuindo para agregar valor aos orgânicos produzidos no Paraná, conservar os recursos naturais e aumentar a produção local e regional.

O selo de produto orgânico assegura aos consumidores que as etapas de produção e processamento foram realizadas livres de agrotóxicos, insumos químicos sintéticos e práticas que comprometem a saúde humana, animal, das plantas e do solo. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado à Seti, atua como unidade certificadora credenciada pelo Mapa e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Segundo o coordenador do Fundo Paraná, Luiz Cezar Kawano, a certificação orgânica é uma ferramenta para promover a produção sustentável, a economia local e a segurança alimentar. “O Paraná Mais Orgânico é um programa estratégico que contribui para a sustentabilidade ambiental e social, preservando recursos naturais, como a água e o solo, e para a conservação da biodiversidade, além de promover a agricultura orgânica com impacto positivo nas condições de trabalho e renda dos produtores rurais e assegurando alimentação saudável para os consumidores”, pontua.

Ensino

O coordenador institucional do PMO, professor Ednaldo Michellon, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ressalta os aspectos acadêmicos do programa. “Os estudos acadêmicos desenvolvidos pelo Paraná Mais Orgânico são importantes para a consolidação desse sistema de produção, pois fornecem informações científicas sobre os benefícios e os desafios da produção orgânica e contribuem para a formação de profissionais qualificados e para a capacitação de agricultores e agricultoras na produção de alimentos orgânicos”, explica.

O PMO envolve 90 bolsistas, entre estudantes de graduação, professores universitários e profissionais formados. As atividades de campo abrangem a capacitação dos produtores, incluindo a preparação de planos de manejo e adequação das propriedades para a produção orgânica. Os resultados da atuação dos bolsistas servem como subsídios para a elaboração de artigos acadêmicos, divulgação científica e participação em eventos nacionais e internacionais.

Para o bolsista Renato Castilho Siqueira, estudante de graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), o PMO contribui para o desenvolvimento profissional. “A participação no programa é importante na minha formação acadêmica, pois os aprendizados práticos das técnicas de manejo são uma oportunidade para observar diferentes realidades e vivências com os agricultores, contribuindo para experiência e atuação nessa área da agricultura agroecológica, que está em constante expansão”, salienta.

Veículos

Neste ano, o Governo do Estado comprou 12 veículos do tipo caminhonete, adequados para o ambiente rural, para uso exclusivo em atividades do programa Paraná Mais Orgânico, como acompanhamento e vistorias das propriedades dos agricultores familiares assistidos. Os carros foram adquiridos com recursos do Fundo Paraná com investimento total de R$ 2 milhões. A entrega aconteceu em dezembro, em Curitiba, pelo secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona.

Ele ressalta que essa ação representa um compromisso governamental com a melhoria contínua do PMO. “A compra dos veículos atende demandas apresentadas pelos coordenadores do programa e tem como objetivo melhorar a qualidade do atendimento prestado aos produtores rurais. Os novos veículos serão utilizados com exclusividade para o transporte das equipes de bolsistas ligados ao programa no desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão do PMO”, afirma.

Com garantia de 24 meses, as caminhonetes são da marca Fiat, modelo Toro, com cabine dupla, 160 cavalos de potência, tração na dianteira, transmissão manual e bicombustíveis (etanol e gasolina)

Godoy Moreira, Grandes Rios, Iretama, Ivaiporã, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianópolis, Luiziana, Lunardelli, Mamborê, Manoel Ribas, Marumbi, Nova Cantu, Nova Tebas, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Roncador, Rosário do Ivaí, São João do Ivaí e São Pedro do Ivaí.

(Por AEN)

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