A safra 2023/24 de soja prometia. Após três temporadas marcadas pela presença do La Niña, grande parte dos produtores comemorou quando soube que o planeta estaria sob a incidência do El Niño.
Isso porque o fenômeno costuma privilegiar os sulistas – que sofreram com estiagens seguidas – e não afetar negativamente o Centro-Oeste.
No entanto, o excesso de chuva no Sul e a carência no centro-norte do país trouxeram perspectivas negativas para a principal commodity agrícola do Brasil. O estresse hídrico tem afetado diretamente a produtividade da soja e os principais estados produtores já registram replantio em grandes áreas.
Por conta desse cenário, o 3º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (7), indicou cortes na produção da oleaginosa.
Como estados que produzem soja, desde o Ceará (15,5 toneladas) até Mato Grosso (43.492,9 milhões de toneladas), a entidade computa 21 unidades da federação. Dessas, 12, mais o Distrito Federal, devem ter cortes no número de sacas colhidas.
Já entre os estados que devem aumentar a produção entre o ciclo passado e este, destaca-se o Rio Grande do Sul. Assim, parte de 13.018,4 para 21.887,8 milhões de toneladas, alta de 68%.
No relatório anterior, a Conab projetava a produção brasileira de soja em 162 milhões de toneladas. No atual, indica 160 milhões de toneladas.