Juíza manda apagar reportagem sobre delação contra presidente da Assembleia do PR
POLITICA
Publicado em 04/12/2023

Uma decisão liminar da primeira instância da Justiça do Paraná obrigou o portal G1, a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, e o portal Plural a tirar do ar reportagens sobre a delação premiada que implicou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado Plauto Miró. A multa em caso de descumprimento é de R$ 50 mil por dia.

A decisão também proíbe novas reportagens sobre o caso. A liminar atendeu a um pedido de Traiano. Procurado pela reportagem, por meio da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, o deputado não comentou a decisão. O Estadão também procurou o ex-deputado Plauto Miró e os outros veículos de comunicação atingidos, mas… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2023/12/03/juiza-manda-apagar-reportagem-sobre-delacao-contra-presidente-da-assembleia-do-pr.htm?cmpid=copiaecola

A reportagem também procurou o Ministério Público. O órgão informou que os procedimentos relacionados a autoridades com prerrogativa de foro "receberam os encaminhamentos pertinentes e as soluções adequadas, tempestivamente". "Em razão de disposição legal e de expressa ordem judicial, o MPPR, por ora, não pode se manifestar a respeito", diz o comunicado.

A decisão que determinou a exclusão das matérias é assinada pela juíza Giani Maria Moreschi e foi tomada neste sábado, 2, no plantão do Tribunal de Justiça do Paraná. Ela justificou que o caso corre em segredo de justiça e que a divulgação das informações poderia causar "danos" ao processo.

 

Com a palavra, o deputado Ademar Traiano

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Assembleia do Paraná, para ouvir o deputado, que não comentou a decisão. "Se está em sigilo, é vedado falar ou publicar", informou o serviço de comunicação.

Com a palavra, o ex-deputado Paulo Miró

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o ex-deputado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

Com a palavra, o empresário Vicente Malucelli

Procurada pela reportagem, a advogada Thaise Mattar Assad, que representa o empresário Vicente Malucelli, que fechou acordo de colaboração com o Ministério Público, informou que não pode comentar o caso. "Nós estamos, enquanto defesa, colecionando interrogações. É um assunto que tem um sigilo legal imposto. Não podemos nos manifestar, porque o dever de sigilo existe", disse ao Estadão.

Com a palavra, o Portal Plural

"O Plural lamenta a decisão e tem convicção de que, em nome da liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal, o Judiciário irá em breve reverter essa liminar. O assunto é de grande relevância para todos os cidadãos paranaenses e merece a devida publicidade", diz o comunicado divulgado pelo portal.

 

Com a palavra, o G1 e a RPC

A reportagem entrou em contato com o portal g1 e com a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, e ainda aguardava resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

 

Com a palavra, o Ministério Público do Paraná

O Ministério Público do Paraná, por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (Subjur), informa que os "procedimentos investigatórios sob sua responsabilidade, relacionados a autoridades com prerrogativa de foro, receberam os encaminhamentos pertinentes e as soluções adequadas, tempestivamente. E que em razão de disposição legal e de expressa ordem judicial, o MPPR, por ora, não pode se manifestar a respeito"

 

SICREDI

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