O líder do PL na Câmara dos Deputados disse que os R$ 430 mil encontrados em seu flat vinham da "venda de um imóvel".
Faltou mostrar o contrato de compra e venda, quem é esse comprador, porque pagou em dinheiro vivo, e quando.
Não depositar em banco uma grana dessas por causa da '"correria do trabalho" é bem mais que um "lapso".
Segundo a PF, assessores de Sóstenes e Carlos Jordy (PL) movimentaram R$ 27 milhões desde 2019. Investigam-se também empresa de fachada de aluguel de carros (cuja "proprietária" formal recebia auxílio emergencial) e saques bancários sempre no limite de R$ 9,9 mil, para evitar alertas automáticos no COAF.
Aliás, o presidente afastado da Alerj, Bacellar (PL), foi preso com R$ 90 mil em espécie no carro oficial. À PF, usou o "direito de não responder" sobre origem e destino da "bufunfa".
Flávio Bolsonaro (PL), que conseguiu estancar no Rio investigações sobre "rachadinhas" quando deputado estadual, comprou por R$ 5,9 milhões uma mansão - quitada rapidamente - em Brasília. "Fruto do meu trabalho como advogado e empréstimo no BRB" - justificou o senador, cuja família realizou, desde os anos 90, 107 negócios imobiliários, 51 deles em dinheiro vivo.
Vendo essa sucessão de escândalos, lembro do jornalista Apparício Torelli, o Barão de Itararé (1895-1971): "O mal de certos políticos não é a falta de persistência, mas a persistência na falta".
