O governador do Paraná, Ratinho Júnior, avalia seriamente a possibilidade de recuar da corrida ao Planalto, na qual despontava como um dos nomes com bom potencial no campo da direita.
Embora algumas fontes já considerem a desistência como certa, inclusive informada à sua família, outras afirmam que a decisão não está tomada e que Ratinho Júnior ainda vai conversar com Gilberto Kassab, presidente nacional do seu partido, para definir seu futuro. O plano é que a conversa ocorra nos próximos dias.
Informações de bastidores dão conta de que o governador paranaense está preocupado com o cenário da sua sucessão e que, por isso, passou a ficar mais inclinado a permanecer no cargo até o fim do mandato para concentrar sua articulação na disputa estadual.
Também estaria pesando um incômodo do pai, o empresário e apresentador Ratinho, com eventuais impactos de uma candidatura presidencial nos negócios da família.
A avaliação no entorno do governador é que, mantendo-se no Palácio Iguaçu, o governador paranaense teria condições melhores para atuar e conter o avanço do senador Sergio Moro —hoje líder nas pesquisas e pré-candidato ao governo— e fazer vingar o nome de um aliado.
A eventual saída antecipada de Ratinho Júnior do tabuleiro nacional tem potencial para redesenhar as articulações da sucessão presidencial. De um lado, enfraquece o campo de lideranças que buscava construir uma candidatura de direita mais próxima ao centro, capaz de romper a lógica da polarização entre lulismo e bolsonarismo, em vigor no país desde 2018.
O governador paranaense tem sido visto como uma espécie de Plano B de boa parte do empresariado, sobretudo do setor financeiro, que tem em Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, o nome preferido para a disputa ao Planalto no campo da direita.
Apesar de ter sinalizado disposição para disputar o Planalto desde o segundo semestre de 2024 e de manter diálogo constante com Kassab, o partido nunca chegou a formalizar sua pré-candidatura.
