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Carreta Saúde da Mulher tem equipe formada só por mulheres, inclusive a motorista
Carreta Saúde da Mulher tem equipe formada só por mulheres, inclusive a motorista
Por Administrador
Publicado em 05/11/2025 11:22
SAÚDE
Carreta Saúde da Mulher tem equipe formada só por mulheres, inclusive a motorista

Quem vê aquele caminhão enorme cortando as estradas paranaenses talvez não imagine que, na boleia, está uma mulher de 31 anos. Graziele Barbosa da Silva é a responsável por conduzir a Carreta Saúde da Mulher pelos quatro cantos do Paraná, levando atendimento especializado para mulheres em cidades distantes e interiorizadas. 05

“Normalmente as mulheres se sentem mais confortáveis sendo atendidas por outras mulheres e, além disso, infelizmente sabemos que o machismo também existe. Então, a Carreta foi pensada especialmente para ser de mulheres para mulheres”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. 

Desde setembro, quando a unidade móvel começou a rodar pelo estado, até dezembro, quando encerra sua jornada, a Carreta percorre municípios oferecendo exames, consultas e orientações para as mulheres paranaenses.

E para Grazi, como é carinhosamente chamada, ser a motorista desse projeto representa muito mais que um trabalho. Com seis anos de experiência como motorista profissional, ela já completou metade do trajeto previsto, totalizando 13 paradas e mais de 8,2 mil atendimentos.

 “Esse projeto é uma logística totalmente diferente do que eu trabalhava e ver a gratidão no olhar das mulheres, principalmente no interior, é muito emocionante”, contou. “Aqui eu não estou transportando apenas uma carga de valor material, a Carreta da Mulher é algo que vai muito além, é saúde e prevenção”, disse orgulhosa.

A história de Graziele com o projeto tem uma conexão ainda mais profunda. “Para mim, ser motorista da Carreta Saúde da Mulher é uma realização. Eu vivenciei o tratamento contra o câncer com a minha mãe, diagnosticada em 2018. Foram meses de quimioterapia, cirurgias e um tratamento bastante difícil. Ela se curou, e isso aconteceu porque foi diagnosticada precocemente”, alertou. “Por isso, para mim tem um significado especial dirigir a carreta”, ressaltou.

A responsabilidade de conduzir um veículo desse porte não é pequena. “A gente transporta muitas cargas valiosas, é um risco constante de acidentes, por isso é necessário atenção e muito cuidado, assim como seguir as leis de trânsito”, observou.

 O sonho de ser “carreteira”

A trajetória de Graziele como motorista de caminhão começou após a pandemia. Nascida e criada em São Paulo, ela já passou por diversas profissões: foi motorista de aplicativo e trabalhou como ajudante, descarregando caminhões. 

“Eu não herdei a profissão, não tem ninguém na minha família que me inspirou, mas eu tinha a vontade. Quando surgiu uma vaga eu expus para o coordenador que eu não tinha experiência na boleia, mas tinha muita vontade de aprender. Consegui a chance de fazer um teste e desde então fui me aperfeiçoando, mudando de categoria a habilitação até chegar aqui.”

A carreta pelo Paraná

A Carreta Saúde da Mulher é uma iniciativa do Governo do Estado com apoio da Volkswagen do Brasil, pelo programa Paraná Competitivo, e coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O projeto iniciou em setembro, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e até dezembro percorrerá todas as regiões do Paraná. 

“A Carreta está estruturada com equipamentos modernos e com exames que já estão mudando a realidade de muitas mulheres que moram no interior, que tem uma dificuldade de acessar esses atendimentos, e agora estão sendo atendidas perto de casa”, destacou Beto Preto.

 E Graziele, que conhecia pouco do Paraná – apenas a região de Castro nos Campos Gerais – confessa estar impressionada com o estado. “Já passei pelo Leste, Norte, Noroeste e seguiremos para Oeste, Sudoeste e voltaremos para a região de Curitiba e depois para o Litoral”, disse. “Rodei muito pelo Brasil e tenho que destacar e parabenizar as estradas paranaenses, pois são tapetes, mesmo pelo interior não peguei nenhuma estrada perigosa ou ruim para passar com a Carreta.

” Fonte: Sesa / PR

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