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Cidade mais fria do Paraná vai receber novo complexo eólico capaz de gerar energia para 1,2 milhão de pessoas através de vento
Cidade mais fria do Paraná vai receber novo complexo eólico capaz de gerar energia para 1,2 milhão de pessoas através de vento
Por Administrador
Publicado em 31/10/2025 08:25
CIDADES
Avaliado em R$ 3,5 bilhões, o complexo é considerado pelo Governo do Estado com um dos maiores investimentos privados em energia renovável do Paraná.

A cidade de Palmas, que fica no sul do Paraná e é considerada a mais fria do estado, vai receber um novo complexo de parques eólicos capaz de gerar energia para cerca de 1,2 milhão de pessoas por mês através de vento.

O projeto recebeu neste mês a Licença de Instalação do Instituto Água e Terra (IAT), que autoriza o início da construção. Segundo a Vento Sul Energia, empresa responsável pelo empreendimento, a previsão é que as obras levem cerca de dois anos e gerem até 5 mil empregos diretos e indiretos.

Avaliado em R$ 3,5 bilhões, o complexo é considerado pelo Governo do Estado com um dos maiores investimentos privados em energia renovável do Paraná.

Este será o segundo empreendimento eólico da cidade. O primeiro, instalado em 1999 pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), foi o primeiro da região Sul do Brasil. Vendido em 2024 para o Grupo Electra, da iniciativa privada, ele possui potência instalada de 2,5 megawatts (MW).

No novo projeto, a potência é 200 vezes maior: 500 MW. O empreendimento deve gerar aproximadamente 150 mil megawatts-hora (MWh) de energia elétrica por mês – volume suficiente para abastecer 300 mil domicílios, ou cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Serão 72 turbinas de 7 MW cada, com torres de concreto de 160 metros de altura, distribuídas em sete parques eólicos que ocuparão cerca de 145 hectares, o equivalente a quase 200 campos de futebol.

Outra frente de trabalho da empresa envolve a conexão do futuro complexo com o Sistema Interligado Nacional (SIN), para a distribuição da energia gerada pelos ventos.

Para isso, será instalada uma linha de transmissão de 525 kV, ligando a Subestação Coletora de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, no município vizinho de General Carneiro.

Palmas (PR) já possui um complexo eólico, instalado nos anos 90 — Foto: RPC

Documentação

Com a emissão da Licença de Instalação, a Vento Sul Energia passa a ter autorização legal para iniciar as obras físicas do parque eólico, incluindo a implantação das torres, acessos, subestações e demais estruturas necessárias ao funcionamento do empreendimento.

Após a conclusão das obras, a empresa ainda deverá solicitar ao IAT a Licença de Operação, que autoriza o início efetivo da geração de energia. Até lá, seguem as etapas de execução, monitoramento e cumprimento das condicionantes ambientais estabelecidas pelo órgão licenciador.

Palmas (PR) já possui um complexo eólico, instalado nos anos 90 — Foto: RPC

Ventos

Segundo o Atlas do Potencial Eólico do Estado do Paraná, desenvolvido pela Copel e pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m², a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.

Vento médio anual a 50 metros de altura no Paraná — Foto: Reprodução

O estudo é de 2007 e, segundo a Copel, o mais recente feito pela companhia sobre o assunto.

Ao g1, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) explicou que as suas estações meteorológicas medem o vento a cerca de 10 metros acima do solo - bem abaixo das da Copel.

O recorde registrado pelo órgão em Palmas foi uma rajada de 98,3 km/h - o equivalente a 27,3 m/s.

 

Energia limpa

Em julho, o primeiro complexo eólico de Palmas foi abordado na série de reportagens especiais "Nosso Ambiente", da RPC, afiliada da TV Globo. Assista abaixo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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