Moro faz “imersão comunista” na China e Francischini flerta com esquerda
O senador Sergio Moro (União Progressista-PR) resolveu fazer um “cursinho de comunismo” na China. A viagem faz parte daMissão Brasil-China 2025, organizada pelo União Brasil e pela Fundação Índigo, e reúne todos os pré-candidatos a governos estaduais da sigla.
Durante uma semana, o ex-juiz, que já foi símbolo da cruzada anticorrupção e rosto da direita lavajatista, vai mergulhar em visitas a empresas estatais e órgãos do governo chinês para “aprimorar o conhecimento sobre inteligência artificial e governança”.
A ironia é inevitável: Moro, que fez carreira combatendo o “perigo vermelho”, agora estuda modelos de gestão do Partido Comunista Chinês. Nas palavras dele, trata-se de “aprofundar o intercâmbio técnico e científico”. Traduzindo: o senador paranaense foi aprender com os comunistas como funciona um Estado eficiente.
Enquanto isso, no mesmo tabuleiro político, o deputado federal Felipe Francischini (ex-União, agora Podemos-PR) decidiu flertar abertamente com a esquerda. A migração para o partido de Renata Abreu o colocou na base de apoio ao presidente Lula (PT), mais fiel ao governo que algumas legendas historicamente progressistas.
A conversão ideológica pegou mal entre os antigos aliados de direita. Nos bastidores, deputados do Paraná brincam que “não se faz mais conservador como antigamente” e que a turma “anda afrouxando o sutiã ideológico”.
Alvaro Dias se desfiliou do Podemos e pode voltar ao MDB. Foto: divulgação/MDB
Moro, por sua vez, sonha com o Palácio Iguaçu, mas o curso relâmpago de “socialismo digital” na China deve render boas piadas no retorno. Na política paranaense, ninguém acredita mais em rótulos: o que vale é a conveniência.
Nos corredores do Centro Cívico, já se ouve que, se continuar assim, logo teremos Francischini discursando em comício do PT e Moro pedindo conselho a Xi Jinping sobre disciplina partidária. A meta, brincam os bastidores, seria “baixar” o centralismo democrático no rebelde Ricardo Barros (PP), que articula uma sublevação com a candidatura da mulher, a ex-governadora Cida Borghetti (PP).
Sergio Moro um “cursinho de comunismo” na China. Foto: divulgação/SM
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