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Ciro Gomes deixa PDT e se filia ao PSDB; político deve se candidatar a governador do Ceará em 2026
Ciro Gomes deixa PDT e se filia ao PSDB; político deve se candidatar a governador do Ceará em 2026
Por Administrador
Publicado em 20/10/2025 10:24
POLITICA
Retorno de ex-ministro ao partido, pelo qual se elegeu governador nos anos 1990, foi articulado pelo ex-senador Tasso Jereissati

O diretório do PSDB no Ceará anunciou, neste domingo, a data de filiação do ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes, que comunicou sua saída do PDT nesta semana. Segundo o partido, Ciro vai oficializar seu ingresso no PSDB na manhã desta quarta-feira, em cerimônia em um hotel de Fortaleza. A assessoria de Ciro confirmou ao GLOBO a filiação.

Ciro já fez parte do PSDB na década de 1990, quando se elegeu governador do Ceará pelo partido. O retorno dele ao partido foi articulado pelo ex-senador tucano Tasso Jereissati, seu antigo aliado no estado. Procurada pelo GLOBO, a assessoria de Tasso também confirmou a volta de Ciro ao partido e disse que o ex-senador estará presente no evento desta quarta-feira.

Na sexta-feira, o presidente do diretório cearense do PSDB, Ozires Pontes, já havia agradecido publicamente Tasso "por convencer Ciro a fazer essa escolha". O dirigente tucano também projetou que Ciro estará nas urnas em 2026:

"Em poucos dias, ou poucos meses, o próprio Ciro estará anunciando a candidatura dele ao governo do estado do Ceará", afirmou Ozires, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

A entrada de Ciro no PSDB foi celebrada por antigos adversários no Ceará. O ex-deputado Capitão Wagner (União), que já concorreu à prefeitura de Fortaleza e ao governo contra aliados de Ciro, afirmou que a "oposição (estará) forte e unida" no estado em 2026, contra o atual governador Elmano de Freitas (PT).

Ciro estava filiado ao PDT desde 2015, e disputou as eleições presidenciais de 2018 e de 2022 pelo partido. Em 2018, ele teve o melhor desempenho do partido em uma corrida ao Palácio do Planalto desde Leonel Brizola em 1989, e ajudou o PDT a eleger 28 deputados federais, a maior bancada do partido no pós-Brizola.

Já em 2022, Ciro angariou apenas 3% dos votos na corrida presidencial, seu pior resultado, e a representação do PDT na Câmara caiu para 17 deputados, também um recorde negativo para o partido no período.

Em entrevistas recentes, Ciro havia declarado estar "infeliz" com o fato de o PDT ter entrado na base do PT nos governos federal e do Ceará. Crítico frequente do governo Lula, Ciro também mostrou desagrado com o que classificou como "fritura" do presidente do PDT, Carlos Lupi, na crise do INSS. O episódio levou Lupi a ser demitido do posto de ministro da Previdência.

Embora tenha acenado com uma aposentadoria da política após o resultado nas eleições de 2022, Ciro vem acalentando nos últimos meses a possibilidade de encabeçar uma candidatura de oposição ao PT no ano que vem, seja a nível estadual ou nacional.

No Ceará, um dos principais aliados de Ciro e ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, também deixou o PDT neste ano e anunciou sua filiação ao União Brasil. Antes do anúncio do PSDB, o partido também era tido como um possível destino para Ciro. O ex-ministro participou, em agosto, de um evento que anunciou a federação entre União Brasil e PP, em Brasília.

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