O quadro econômico e político no Brasil, diante de chantagens internas associadas a pressões norte-americanas com riscos de rupturas institucionais, não deixa brechas para precipitações. Ao contrário, as circunstâncias de agravada crise econômica e instabilidade política frequente poucas vezes vivenciadas na história brasileira, recomenda organizar uma "Segunda Rede da Legalidade" inspirada nos exemplos de Leonel Brizola que em 1961 assegurou a posse de João Goulart na Presidência da República, fazendo valer os antecedentes legalistas garantidores dos governos de Getúlio Vargas (1930 a 1954) e Juscelino Kubitschek (1955).

Ciro Gomes poderá levar sua indefinição sobre participar ou não diretamente das eleições até as vésperas das Convenções Partidárias, entre julho e agosto de 2026, maturando sua definição em face de inquietações e responsabilidades cruzadas com os anseios partidários e da população. E caso Ciro saia candidato a governador precisará de alternativa presidencial respeitável e o contrário também, assim até o prazo fatal terá tempo para atuar na articulação de boas perspectivas nos estados, ensejando ares de Legalidade na repercussão de suas ações em contraponto às ameaças de inviabilidade das eleições, vindas no bojo do Tarifaço de Donald Trump e na esteira das condenações de Jair Bolsonaro junto com seus cúmplices da tentação golpista. 

De qualquer forma, na condição de vice-presidente nacional do PDT contando com Carlos Lupi na presidência, Ciro deve seguir avaliando as conjecturas quanto às alianças e candidaturas viáveis nos estados, estimulando a realização de eventos pelo país com participações suas presenciais ou virtuais. O PDT conta também com Roberto Requião e Requião Filho, além de tantos outras lideranças emergentes para uma Legalidade II pela Democracia.

Ciro e Requião têm autoridade moral e legados exemplares para despertar a população, através do PDT, a favor da democracia e de um plano de desenvolvimento com soberania.