O início do julgamento dos oito principais acusados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, talvez nem seja o principal acontecimento político desta terça-feira (2), na capital federal. Reunida pela manhã, a cúpula dirigente da recém-firmada federação União Progressista, que uniu União Brasil e PP, decidiu se afastar de Luiz Inácio Lula da Silva.

E como se isso não bastasse, os presidentes Antonio Rueda e Ciro Nogueira e outros membros dos corpos diretivos também decidiram pelo apoio dos dois partidos à aprovação da proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e demais acusados no Congresso Nacional, o que trará complicações ainda maiores para a governabilidade e o projeto de reeleição de Lula e do PT.

Foi deliberado que os ministros André Fufuca (Turismo) e Celso Sabino (Turismo) terão um prazo (provavelmente até o fim do mês) para deixar o governo e reassumir seus mandatos na Câmara dos Deputados. Mas, no melhor estilo Centrão, os também ministros Waldez Goes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicação) poderão permanecer onde estão, pois foram indicados para integrar a equipe ministerial pelo presidente do Senado, David Alcolumbre, um dos principais aliados do governo no Congresso. (Foto: Divulgação PP)