Estamos quase na metade do ano e a tradicional lista de compromissos financeiros já foi quase vencida. Quase porque, depois do IPTU, IPVA, seguro do carro, matrícula das crianças etc, ainda há um compromisso que tira o sono de muita gente: a temida declaração do Imposto de Renda.
Se você já se viu perdido em meio a recibos, informes de rendimentos e dúvidas sobre o que pode ou não ser declarado, saiba que não está sozinho. O ditado popular "brasileiro deixa tudo para a última hora" vem à tona. Muitas pessoas ainda não fizeram sua declaração e o prazo está acabando.
Segundo a Receita Federal, são esperadas 46,2 milhões de declarações até o dia 30 de maio, data limite para o envio. Até agora, apenas 20 milhões foram entregues. Para ajudar quem ainda está com a declaração pendente, Bruno Darrigo de Aquino, assessor de Crédito e Investimentos da Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ, compartilha dicas para preencher e enviar o seu IR de forma simples, prática, segura e dentro do prazo. Veja a seguir:
1 - Organize toda a documentação com antecedência
A organização é a chave para o envio correto da declaração. Reúna os documentos de rendimento do seu trabalho, comprovantes de despesas médicas e educacionais, recibos de aluguel (pagos ou recebidos), informes das instituições financeiras em que você tem conta e qualquer outro documento que seja relevante. "Separe uma pasta específica no seu computador, ou como preferir, reúna todos os documentos de rendimentos do ano, além das notas fiscais, despesas médicas, gastos com escola/faculdade e custos relacionados aos seus dependentes. Não se esqueça de guardar também os comprovantes de compra e venda de bens e imóveis. Com tudo em mãos e bem organizado, preencher a declaração se torna muito mais simples e rápido", orienta o assessor Bruno.
2 - Planeje a longo prazo
A declaração do Imposto de Renda é um momento importante também para o planejamento da vida financeira. "É uma excelente oportunidade para manter a organização em dia, não apenas para o presente, mas também com foco no futuro. Ao analisar nossa situação com mais atenção, conseguimos tomar decisões mais assertivas, planejar com mais eficiência e, acima de tudo, alcançar maior equilíbrio e tranquilidade com possíveis ganhos e despesas".
A declaração do IR pode ser um bom momento também para refletir sobre seus investimentos, em especial quando se trata de previdência privada, já que as modalidades VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) diferem em termos de benefícios fiscais e tributação.
3 - Evite erros e garanta seus direitos
Declarar o Imposto de Renda corretamente é essencial não apenas para evitar problemas com a Receita Federal, mas também para garantir seus direitos como contribuinte. Uma declaração bem-feita pode assegurar o recebimento da restituição sem imprevistos, além de evitar multas, juros e até autuações.
Entre os principais riscos estão cair na malha fina e ter que arcar com penalidades financeiras. "Os equívocos mais comuns incluem a omissão de rendimentos, informações incorretas (principalmente nos valores declarados), erro na inclusão de dependentes e a escolha equivocada entre os modelos completo ou simplificado".
4 - Entenda as diferenças entre modelo simplificado e completo
Para realizar a declaração corretamente, é fundamental entender os dois tipos de regime de tributação disponíveis: o modelo simplificado e o completo. Cada um se aplica a diferentes perfis de contribuintes, dependendo principalmente da quantidade de despesas dedutíveis ao longo do ano.
"O simplificado é ideal para quem tem poucas despesas dedutíveis, pois aplica um desconto padrão sobre a renda, com alíquotas que variam de 0% a 27,5%. Já o modelo completo é indicado para quem tem muitos gastos dedutíveis com saúde, educação e seus dependentes, permitindo abater as despesas da renda bruta e, assim, reduzir o imposto a pagar".
5 - Garanta a restituição do seu IR
O processo de restituição do Imposto de Renda é uma etapa relevante para muitos contribuintes, que podem, ao final da declaração, receber valores pagos a mais ao longo do ano. O contribuinte sofre descontos de IR na fonte, seja por meio do salário, aposentadoria ou até pelo carnê-leão. "Ao realizar a declaração, ele informa o total de rendimentos recebidos ao longo do ano, além das deduções permitidas, como despesas médicas, com educação e seus dependentes. A Receita Federal então compara o valor já pago com o que realmente deveria ter sido pago, levando em consideração os rendimentos e as deduções informadas."
Quando o valor pago na fonte é superior ao devido, a pessoa tem direito à restituição, ou seja, ao reembolso da diferença. Por outro lado, se o valor pago for inferior, será necessário complementar o imposto devido. Se você tem restituição a receber, atente-se à escolha da instituição financeira que vai indicar à Receita, sobretudo se você desejar antecipar esse valor - uma modalidade de crédito bastante comum e com taxas que podem ser atrativas.
6 - Declare de forma rápida, fácil e segura
O Imposto de Renda pode ser declarado de três maneiras diferentes. Uma das opções é baixar o Programa IRPF 2025 diretamente no computador. Também é possível utilizar o aplicativo da Receita Federal ou acessar o sistema Meu Imposto de Renda pelo navegador, sem precisar instalar nenhum programa. As duas últimas alternativas requerem login através da plataforma Gov.br. Outra forma é usar a declaração pré-preenchida, em que os dados são inseridos automaticamente no sistema, sem necessidade de digitação.
Nesse contexto, a Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ, sempre comprometida em apoiar seus associados, disponibiliza vários serviços e recursos para auxiliar nesse momento. "O informe de rendimentos detalhado é um exemplo e pode ser acessado de forma simples tanto pelo Internet Banking quanto pelo aplicativo. Além disso, contamos com a consultoria especializada de nossos gestores de relacionamento, que estão prontos para orientar os associados em todas as etapas da declaração", finaliza Aquino. (Foto: Imgem/AGBR)
