Minha Empresa é Amiga da Mulher é o nome de uma campanha inédita lançada na manhã desta quarta-feira (18), na Acic, e que envolve  a associação comercial, a administração pública municipal, a OAB e outras entidades. "O objetivo é estender a mão às mulheres vítimas de violência que, devido aos abusos sofridos, querem retomar as suas carreiras, trabalhar e ter renda para sustentar com dignidade a si e aos seus filhos", detalhou a vice-presidente da Acic para Assuntos da Mulher Empresária, Marizete Cardoso.

A primeira-dama Fabíola Paranhos elogiou a iniciativa e disse que esse é o primeiro passo de uma longa jornada, mas que representa muito para mulheres e crianças em situação de violência doméstica. "É a sociedade unida por uma grande causa. Muitas vezes, mesmo agredida, a mulher é obrigada a seguir com o companheiro abusador por não ter renda. Mas com ações como essa, ela poderá recomeçar e viver com mais dignidade e tranquilidade, podendo assim dar o afeto e a segurança que os filhos precisam", disse.

A soldado Vanessa Machado, da Patrulha Maria da Penha, apresentou relatos de algumas situações que já presenciou. "É difícil acreditar que há pessoas capazes de tanta violência. De perceber o ódio de forma tão clara nos olhos e nas atitudes de alguém. Campanhas como essa, lançadas hoje aqui na Acic, são a esperança que muitas mulheres aguardam para poder recomeçar", pontuou, lembrando que a violência contra a mulher chegou a um estágio tão agudo que várias medidas começam a ser adotadas, como alterações nas punições e leis, para tentar conter o ímpeto e a irresponsabilidade de alguns.

POR ETAPAS

Marizete explica que a campanha Minha Empresa é Amiga da Mulher terá várias etapas. Ao receber mulheres que queiram voltar a trabalhar será feita uma análise e então oferecidos cursos e treinamentos para que reciclem ou ampliem conhecimentos em determinadas áreas. Esse diálogo acontecerá também com as empresas, que terão papel determinante nesse processo de acolhimento e de abertura de oportunidades a essas profissionais.

"Precisamos ter condições de dar o devido suporte às mulheres e enfrentar os desafios que surgirão, mas todos estaremos juntos pela reinserção delas no mercado", disse Cândida Brenda Basso, vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Cascavel. Além de proteger e ser uma alternativa a mulheres vítimas de violência, essa parceria, tenho certeza, trará ao mercado, e em Cascavel estamos com pleno emprego, grandes talentos e profissionais, observou o vice-presidente da associação comercial, Marcio Blazius. (Foto: Divulgação)