Logística: o PR precisa entrar nos trilhos, pontua deputado
Logistica
Publicado em 16/04/2024

Representando a Comissão de Obras Públicas e Transportes da Assembleia Legislativa em reunião da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), que é presidida pelo empresário cascavelense Edson Vasconcelos, o deputado Luiz Claudio Romanelli sustentou ser necessário e urgente aprofundar o debate sobre o sistema logístico paranaense, para que a produção possa ser movimentada de forma mais eficiente e com menor custo.

"Quando falamos de logística, estamos falando do futuro do Paraná", disse ele no encontro, organizado pelo Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep. "Sem um avanço das ferrovias não teremos muitas soluções à vista nos próximos 30 anos, que é o prazo de concessão dos principais trechos da nossa malha rodoviária. Não há nenhuma rodovia alternativa projetada ou pensada", ressaltou.

O encontro na Fiep reuniu empresários, representantes de outros setores da economia, usuários da malha ferroviária e operadores logísticos e teve como foco o fim do contrato da malha ferroviária Sul (PR/SC/RS), previsto para 2027.

"Temos que questionar se há interesse do Paraná numa concessão regional ou se devemos tratar de uma opção que seja exclusivamente paranaense, que permita mais investimentos em eficiência dentro do Estado", ponderou Romanelli, citando a necessidade de ampliar a integração logística com o Mato Grosso do Sul e com o Paraguai, que pode ser feita a partir da nova Ferroeste. "Este é um projeto arrojado, que merece atenção", concluiu.

 

MOMENTO OPORTUNO

Já o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, destacou que o Paraná vive uma "janela de oportunidade" para discutir o tema, devido ao fim do período de concessão da Malha Sul, em três anos. O empresário ressaltou que o transporte ferroviário é importante principalmente para o interior onde está concentrada a maior parte da indústria alimentícia paranaense.

"O setor de alimentos hoje, que já é 40% da indústria do Estado, é o que mais usa", explicou Vasconcelos. "É importante ouvir e estar próximo ao usuário para entender quais são as dificuldades que ele tem e os grandes gargalos que existem hoje nesse modal", disse, salientando que atualmente apenas 17% das cargas que chegam ao Porto de Paranaguá são movimentadas pelo modal ferroviário. (Foto: Divulgação Alep)

 

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