Jardins de Cura: espaços têm benefícios comprovados cientificamente e são tendência na área da saúde
SAÚDE
Publicado em 26/03/2024

Em meio a rotina cada vez mais frenética em que vivemos, ter momentos de pausa e contato com a natureza, ainda que em meio às cidades, é um privilégio de poucos, mas é comprovadamente um meio de relaxamento e redução do estresse.

Os jardins de cura ou jardins terapêuticos - espaços planejados e cultivados, geralmente ao ar livre, que contém uma variedade de plantas e outros elementos naturais como pedras e água -, instalados em empreendimentos imobiliários são uma possibilidade de proporcionar essa experiência.

O aspecto terapêutico desses espaços tem transformado sua implantação em uma tendência crescente na área da saúde. “Muitas instituições de saúde, hospitais, clínicas e senior livings estão incorporando os jardins terapêuticos em seus projetos. A tendência reflete a compreensão contínua de como o ambiente físico pode impactar positivamente na saúde das pessoas. Os jardins terapêuticos buscam criar uma conexão direta com a natureza e servem como uma espécie de descompressão, bem como elevam a convivência e as interação sociais”, explica o CEO da BIOENG, empresa especializada no desenvolvimento de projetos arquitetônicos de alta performance, Norton Mello.

Benefícios para pacientes e profissionais

O especialista destaca que pesquisas apontam que os jardins de cura em empreendimentos de saúde beneficiam tanto pacientes, quanto profissionais. “Estudos científicos têm demonstrado consistentemente os benefícios da exposição à natureza na redução do estresse, na melhoria do humor e na promoção da recuperação física e emocional. Essas pesquisas fornecem uma base sólida para a incorporação de elementos naturais, como jardins, em ambientes médicos. A criação de ambientes de saúde mais acolhedores, com espaços verdes, pode contribuir para a promoção da saúde mental dos pacientes e colaboradores. Isso é feito através do estímulo sensorial pelos elementos presentes no jardim, como cores, texturas, aromas e sons da natureza, cuidadosamente escolhidos para estimular os sentidos e promover a sensação de bem-estar. Os jardins terapêuticos não são apenas benéficos do ponto de vista clínico, mas também melhoram a experiência geral do paciente, que percebe esse cuidado recebido”, garante.

Em Cascavel, o mais novo empreendimento do setor, em fase final de construção, aposta na tendência. “A observação da importância e necessidade de jardins terapêuticos no Dom Medical Center foi impulsionada por uma combinação de pesquisas científicas, práticas clínicas e uma compreensão crescente da relação entre o ambiente físico e o bem-estar dos pacientes. Um espaço que vai proporcionar uma pausa na rotina de profissionais e pacientes, resgatando-os da correria diária e oferecendo um espaço que promove relaxamento, contemplação e renovação”, afirma.

Composição criteriosa

Os jardins de cura são projetados e executados por especialistas. A escolha das plantas que vão compor o espaço é feita de maneira criteriosa, a fim de proporcionar a melhor experiência. O jardim de cura do Dom Medical Center é de responsabilidade da paisagista, especializada em projetos e execução de áreas verdes em ambientes corporativos, residenciais, shoppings e medical centers, Letícia Mello. “A escolha das espécies de plantas para compor um jardim terapêutico geralmente leva em consideração características que possam proporcionar benefícios terapêuticos, como estimulação sensorial, cores agradáveis, texturas variadas e aromas suaves. É importante adaptar a seleção de plantas de acordo com o clima local, as condições de crescimento e as preferências específicas dos usuários do jardim terapêutico. A diversidade de plantas contribui para um ambiente visualmente atraente e oferece uma gama de estímulos sensoriais, promovendo assim os benefícios terapêuticos desejados”, explica.

Plantas mais comuns

Letícia cita ainda algumas das plantas mais comuns que são frequentemente utilizadas em jardins terapêuticos e seus respectivos benefícios. “Algumas das espécies mais comuns nesses espaços são: lavanda, usada para promover a calma e reduzir o estresse; camomila, utilizada para promover o relaxamento; rosas, que além das belas flores que com suas diferentes cores pode ter associações terapêuticas, têm aroma agradável; hortelã, que tem aroma refrescante e estimulante; jasmim, usado para estimular os sentidos e promover sensação de bem-estar; sálvia, que traz estímulo aos sentidos; erva-cidreira, muitas vezes escolhida para promover a calma; girassol, que com suas  flores brilhantes traz sensação de alegria e vitalidade; bambu, que tem aparência elegante e textura suave, proporcionando uma sensação de tranquilidade e ainda as suculentas e cactos, que são de fácil manutenção e possuem variedade de formas e texturas”, enumera.

 

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